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Sem votos e com crise no PSL, Eduardo anuncia que desistiu de embaixada

Decisão já era esperada; deputado diz que fica "para defender os princípios conservadores" e "fazer o tsunami que foi a eleição de 2018 onda permanente"

Eduardo Bolsonaro: "me comprometo a caminhar por São Paulo, pelo Brasil e pelo povo" (Andre Coelho/Bloomberg)

Eduardo Bolsonaro: "me comprometo a caminhar por São Paulo, pelo Brasil e pelo povo" (Andre Coelho/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de outubro de 2019 às 06h56.

Última atualização em 23 de outubro de 2019 às 10h39.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) desistiu de ocupar o cargo de embaixador em Washington. O anúncio foi feito em pronunciamento no plenário da Câmara na noite desta terça-feira (22), durante a aprovação do acordo entre o Brasil e os Estados Unidos para o uso comercial da base de Alcântara (MA). O filho do presidente Jair Bolsonaro e atual líder do PSL, Eduardo afirmou que “fica” no País para defender a pauta conservadora e o governo do pai.

“Esse aqui que vos fala, filho de militar do Exército brasileiro e deputado federal, que foi zombado por ter, aos 20 anos de idade, um trabalho digno e honesto em restaurante fast-food nos Estados Unidos, diz que fica no Brasil para defender os princípios conservadores, para fazer o tsunami que foi a eleição de 2018, uma onda permanente. Assim, me comprometo a caminhar por São Paulo, pelo Brasil e pelo povo”, afirmou o deputado.

A decisão de Eduardo já era esperada por auxiliares de Bolsonaro que afirmavam que, apesar da peregrinação que fez junto aos senadores, o parlamentar não conseguiu apoio suficientes para ser aprovado para o cargo — o que poderia levar a uma derrota emblemática para o governo.

Além disso, o movimento do presidente para colocar o filho na liderança do PSL, na semana passada, ajudou a inviabilizar a possibilidade do deputado de assumir a Embaixada Brasileira em Washington. “A liderança ainda está instável, mas, a princípio, só (fico) até o final do ano”, afirmou o deputado.

De acordo com Eduardo, a rejeição do eleitorado à saída dele da Câmara também pesou na decisão. "A gente escuta conselhos, e confesso que ainda tem o meu eleitorado. Confesso, não era a maioria que estava apoiando", afirmou.

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