Aldo Rebelo: “o rompimento é um gesto pessoal, como ele mesmo esclareceu. Não é do presidente da Câmara dos deputados" (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2015 às 23h31.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse que o governo não desejou e nem celebrou o rompimento anunciado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para o ministro é preciso reconhecer que o deputado ajudou, com uma posição institucional, a aprovação na Casa das medidas relacionadas ao ajuste fiscal proposto pelo Executivo.
Segundo Rebelo, Cunha teve uma posição responsável, mesmo se colocando em uma atitude de oposição ao governo. Ele acredita que o parlamentar, como presidente da Câmara e integrante de um dos Poderes da República, vai agir com responsabilidade.
De acordo com o ministro, como corresponsável pela governabilidade do país, Cunha vai levar em conta essa responsabilidade.
“O rompimento é um gesto pessoal, como ele mesmo esclareceu. Não é do presidente da Câmara dos Deputados, porque esse tem que conduzir o poder com independência, mas também em harmonia como a Constituição designa a relação entre os Poderes, ou seja, que eles são independentes, mas são harmônicos”, disse.
Na avaliação de Rebelo, a aproximação entre o governo e o presidente da Câmara deve ser natural conforme determina a Constituição. “Na relação entre os Poderes, o princípio é que eles trabalhem sempre próximos”, completou.
O ministro deu as declarações após participar da cerimônia de entrega das medalhas da edição de 2014 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), no Theatro Municipal, no centro do Rio.
A competição é organizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e recebe recursos dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação.