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Eduardo Bolsonaro diz que Moraes bloqueou suas contas bancárias

Decisão está sob sigilo, mas foi anunciada pelo deputado nesta segunda-feira, em entrevista ao podcast Inteligência Ltda

Durante a entrevista, o parlamentar também disse que, "se nada for feito", não devem ocorrer eleições no Brasil (Divulgação/Flickr)

Durante a entrevista, o parlamentar também disse que, "se nada for feito", não devem ocorrer eleições no Brasil (Divulgação/Flickr)

Agência o Globo
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Publicado em 22 de julho de 2025 às 08h29.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio das contas bancárias do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo relato do parlamentar.

A decisão está sob sigilo, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal O Globo, e tem o objetivo de dificultar que o parlamentar continue ações que atentariam contra a soberania brasileira nos Estados Unidos.

"Ele acabou de bloquear as minhas contas bancárias", afirmou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, em entrevista ao podcast Inteligência Ltda. na noite da segunda-feira, 21.

Na ocasião, ele estava ao lado do jornalista Paulo Figueiredo, que é réu junto ao ex-presidente no processo da trama golpista. Eduardo confirmou o teor da decisão emitida por Moraes e a ironizou ao dizer que o bloqueio foi "em nome da democracia".

A decisão, antecipada pelo site Metrópoles, ocorre no âmbito das investigações da Polícia Federal sobre as ações do deputado e de seu pai para obter o apoio do presidente americano Donald Trump à tese de que o bolsonarismo seria perseguido pela Justiça brasileira.

Trump usou a justificativa política da suposta perseguição a Jair Bolsonaro para defender o tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos.

Durante a entrevista, o parlamentar também disse que, "se nada for feito", não devem ocorrer eleições no Brasil, e atribuiu a responsabilidade do anúncio das novas taxas ao ministro do STF.

"Na verdade, se nada for feito, a gente não vai ter uma eleição no ano que vem, vai ter um teatro das tesouras. O PL, meu partido, é recordista de ações dentro do STF, a maioria delas por falar. O Gustavo Gayer tem problema, Nikolas sofre condenação, e eu também estou lá dentro", disse ao complementar a fala de Figueiredo, que defendeu a imposição como "um remédio amargo para restaurar a democracia brasileira".

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