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Ecosia, o buscador verde que planta árvores no Brasil

A cada busca no Ecosia, uma árvore é plantada. Buscador afirma doar 80% de sua renda para recuperação de Mata Atlântica no Brasil. Ações também são feitas em âmbito global


	Já foram até hoje 148 mil árvores plantadas no Brasil, a partir do número de buscas feitas no Ecosia
 (Getty Images)

Já foram até hoje 148 mil árvores plantadas no Brasil, a partir do número de buscas feitas no Ecosia (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 13h22.

São Paulo – Imagine 20 milhões de árvores sendo plantadas por mês ao redor do mundo. Esse é diferencial do Ecosia, um mecanismo de busca alemão similar ao Google, mas com algo único na programação: a cada busca feita, uma árvore ganha vida.

Com mais de 2 milhões de usuários, o portal permite que uma árvore seja plantada a cada 60 segundos. Além disso, os alemães ainda se uniram ao Bing e ao Yahoo usando links patrocinados para conseguir mais verba para o projeto. Resultado, a empresa já conseguiu mais de 1,7 milhões de dólares.

E já existe um programa voltado apenas para o Brasil.

“O Ecosia doa 80% de sua receita gerada com a venda de publicidade para uma campanha da organização ambiental The Nature Conservancy (TNC) chamada Plant a Billion Trees (PBT - plante um bilhão de árvores, em português), que arrecada fundos para promover a restauração florestal de áreas críticas na Mata Atlântica brasileira”, diz Aurélio Padovezi, responsável pela campanha.

A parceria foi firmada em agosto de 2013. A cada busca realizada por meio do site Ecosia, uma árvore é doada para a campanha PBT.

“No próprio site de buscas há um ‘contador’ de árvores para que as pessoas possam acompanhar em tempo real a sua contribuição para a conservação da natureza”, explica.

O projeto tem duração prevista de três anos, e a expectativa é que levante cerca de 1 milhão de dólares para a restauração da Mata Atlântica ao longo desse período.

A campanha, na realidade, já existe desde 2008, quando a empresa lançou uma estratégia de conservação da região. Mas com o suporte da Ecosia, a TNC já captou mais 141.300 árvores (148 mil nesta quarta-feira, 18). E a cada 2.500 dólares arrecadados, a TNC afirma que conseguirá promover a restauração florestal de um hectare de Mata Atlântica.

“A ideia é que a iniciativa ajude a conectar milhares de hectares de remanescentes florestais, criando corredores de biodiversidade capazes de melhorar a resiliência do ecossistema”, afirma Padovezi

Os resultados imediatos da campanha visam à conservação de importantes bacias hidrográficas que fornecem água potável e energia hidrelétrica para milhões de pessoas, além de proteção de milhares de espécies de plantas e animais.

“Em uma escala global, as árvores plantadas poderão capturar da atmosfera o equivalente às emissões de 2 milhões de carros por ano. Além disso, a TNC espera restaurar cerca de 400 mil hectares de Mata Atlântica”, revela Padovezi.


As áreas a serem restauradas são definidas levando-se em conta sua importância para geração ou manutenção de serviços ambientais.

Desde 2008, a The Nature Conservancy e seus parceiros – que incluem governos municipais, proprietários rurais, ONGs, cooperativas e empresas privadas – já restauraram áreas degradadas na Bahia, no Espírito Santo, em São Paulo, em Minas Gerais e no Paraná.

Mata Atlântica
Todos sabem que a Mata Atlântica está ameaçada. Antes ela representava 15% do território nacional. Hoje, menos de 12% da sua área original ainda permanece com cobertura florestal nativa.

A mata é lar de 23 espécies de primatas, mil espécies de aves, 15 mil espécies de plantas e 60% das espécies ameaçadas de extinção no Brasil. Outros dados: ela fornece água limpa para 70% da população e tem grande influencia na manutenção da estabilidade climática.

Mas restaurar essa região é um processo complexo e de várias etapas, que demandam investimentos.

“As três principais estratégias são o plantio de mudas de espécies nativas para iniciar a restauração florestal em locais que foram gravemente desmatados, o enriquecimento de áreas florestais e a condução da regeneração natural para acelerar a recuperação de áreas que começaram a renascer”, explica Padovezi, da The Nature Conservancy.

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