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Economist: estudantes no exterior podem impulsionar economia brasileira

Revista britânica lembra que o Brasil hoje é líder mundial nas áreas em que, há décadas, financiou doutorados no exterior

Dilma e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad no lançamento do programa Ciência sem Fronteiras: até 2015, 100 mil bolsistas estudarão no exterior (Agência Brasil)

Dilma e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad no lançamento do programa Ciência sem Fronteiras: até 2015, 100 mil bolsistas estudarão no exterior (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 17h21.

São Paulo - Uma reportagem da edição desta semana da revista britânica The Economist comenta o programa "Ciência sem Fronteiras", do governo brasileiro. Segundo a publicação, o "enorme programa de bolsas de estudo pode impulsionar o crescimento econômico do país".

De acordo com o texto, até 2015, mais de 100 mil estudantes brasileiros, seja de graduação ou de programas de mestrado e doutorado terão passado ao menos um ano em universidades estrangeiras. E este estímulo custará ao país cerca de três bilhões de reais, metade financiada pelo governo.

As principais áreas de estudo que o programa vai contemplar são biotecnologia, oceanografia e as ligadas ao petróleo. O Ciência sem Fronteiras, de acordo com a Economist, é a "mais ousada tentativa de impulsionar a engrenagem da economia brasileira". O país vem crescendo a uma taxa ligeiramente inferior à dos demais países da América Latina e bem abaixo dos emergentes Índia, Rússia e China.

O governo espera que a melhora na qualidade da força de trabalho vá fazer uma grande diferença. A revista, entretanto, observa que os esforços vão demorar a surtir efeito. E por ora, as reclamações dos empregadores a respeito da baixa qualificação da mão de obra são cada vez maiores e mais frequentes. 

Segundo a Economist, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França são alguns dos países ávidos por atrair estudantes brasileiros, principalmente porque o governo do Brasil se compromete a arcar com as despesas de estudo."E os países estão de olho no retorno de longo prazo, na forma de contratos lucrativos, tanto de negócios quanto de educação". 

A revista lembra que até agora, poucos brasileiros estudaram no exterior. Entretanto, os que o fizeram, ao voltar para casa, exerceram "uma desproporcional influência". "Nos anos 1960 e 1970, o governo brasileiro financiou programas de doutorado no exterior em exploração de petróleo, pesquisa agrícola e design de aeronaves. Hoje o Brasil é líder mundial nas três áreas", conclui a reportagem.

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