Brasil

Ebola: resultado de novo exame sai 2ª, diz Ministério

Segundo ministro, o risco de transmissão da doença é baixo no país e a rede brasileira de saúde está pronta para lidar com a questão

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, fala sobre o primeiro caso suspeito de Ebola no país (Elza Fiúza/Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, fala sobre o primeiro caso suspeito de Ebola no país (Elza Fiúza/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2014 às 12h58.

Brasília - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou neste sábado que o resultado do exame no paciente Souleymane Bah, de 47 anos, primeiro paciente no Brasil suspeito de estar infectado por Ebola, deu negativo, mas que uma eventual infecção pelo vírus só poderá ser descartada com a análise de uma segundo exame, cujo resultado será divulgado nesta segunda-feira (13). Chioro reiterou que o risco de transmissão da doença é baixo no País e que a rede brasileira de saúde está pronta para lidar com a questão.

"Do ponto de vista prático, ter o primeiro resultado negativo não pode desarticular o conjunto de ações de vigilância e de isolamento do paciente, todo protocolo continua sendo seguido, até que tenhamos o segundo resultado do exame", disse Chioro, em coletiva de imprensa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o estado de saúde de Bah é "bom", mas o paciente segue mantido em isolamento total no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro.

"Com a presença de um primeiro resultado negativo, nossa expectativa é de que esse (novo exame) também seja negativo, mas não podemos fazer uma afirmação dessa natureza. Temos de aguardar a coleta do exame", ressaltou. A segunda amostra de sangue será coletada neste domingo e enviada novamente para análise do Instituto Evandro Chagas, no Pará.

Bah procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Cascavel na última quinta-feira (9). Embora não tenha apresentado nenhum sintoma - apenas febre no dia anterior - e não relatar nenhum contato com pessoa infectada, o Ministério da Saúde decidiu classificá-lo como caso suspeito.

"Nós dissemos sempre que é baixíssimo o risco de transmissão da doença no Brasil. Mas isso em nenhum momento fez com que o SUS tivesse menosprezado a gravidade da situação do ebola. Nós nos preparamos para preparar a situação. Não é test-drive, o SUS é muito questionado e o tempo inteiro é colocando em xeque, estamos vendo uma situação clara de como o nosso sistema de saúde tem ações exitosas que fazemos há muito tempo", garantiu Chioro.

Questionado se não seria inevitável o País registrar eventualmente um caso de Ebola, o ministro respondeu: "Não digo que será inevitável, não podemos antecipar se teremos casos ou não confirmados. É possível que apareçam outros casos suspeitos, mas a gente continua trabalhando de forma muito objetiva."

Alerta. A descoberta de um caso suspeito de Ebola no Brasil pôs em alerta países vizinhos e aumentou a preocupação já existente na região desde que o primeiro caso foi registrado nos EUA.

O porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Washington, Daniel Epstein, ressaltou que a organização já havia alertado, em agosto, que havia a possibilidade de ocorrência de casos fora da África Ocidental e recomendou que os países estivessem preparados.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEpidemiasMinistério da SaúdeSaúdeSaúde no Brasil

Mais de Brasil

O que é Nióbio e para que serve?

Amazonas, Maranhão, Roraima e Pará têm maior porcentagem de municípios com lixões, diz IBGE

China compra por R$ 2 bilhões reserva brasileira rica em urânio e nióbio, na Amazônia

STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes sociais por conteúdos publicados