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É um superministério da Justiça, diz Bolsonaro sobre pasta entregue a Moro

Presidente eleito confirmou que juiz também terá nas mãos "parte" do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atualmente vinculado à Fazenda

Bolsonaro: Moro também poderá escolher o chefe da Polícia Federal (Rede Record/Reprodução)

Bolsonaro: Moro também poderá escolher o chefe da Polícia Federal (Rede Record/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 15h32.

São Paulo — Após anunciar Sérgio Moro para ministro da Justiça, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que o magistrado comandará um "superministério da Justiça".

Em entrevista a redes de televisão, Bolsonaro confirmou que Moro também terá nas mãos "parte" do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atualmente vinculado ao Ministério da Fazenda.

A entrevista foi concedida à Rede Record e outros veículos ligados à Igreja Católica, como a Rede Vida, Canção Nova e TV Aparecida.

O juiz da Lava Jato terá liberdade para indicar todo o primeiro escalão da Ministério da Justiça, incluindo o diretor-geral da Polícia Federal, segundo informou Bolsonaro.

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Atualmente, é função do presidente da República apontar o comandante da instituição. "Ele vai indicar todos que virão compor o primeiro escalão (do ministério), inclusive o chefe da Polícia Federal", disse.

Sem confirmação

Abarcado ao Ministério da Justiça, há ainda, a expectativa de Moro coordene o Ministério da Transparência e a Controladoria-Geral da União. A informação, porém, não foi confirmada e Bolsonaro citou apenas a incorporação do Coaf.

"É um 'Superministério da Justiça'. Teremos uma parte do Coaf dentro do Ministério da Justiça para que ele tenha em tempo real todas as informações para  combater efetivamente, mais do que a corrupção, o crime organizado que tem levado o terror em todo o Brasil"

Transição do governo

Na entrevista, Bolsonaro confirmou que Moro irá participar da transição do governo, a partir da semana que vem, quando começa a "tomar pé da situação como um todo", e que terá "ampla liberdade" para escolher o segundo escalão de seu Ministério.

"Eu o vi como se fosse jovem universitário recebendo seu diploma. Ele está com muita vontade de levar adiante sua agenda. Moro está imbuído em servir à pátria e tenho certeza de que o povo brasileiro vai admirá-lo mais ainda", comemorou.

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