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"É praticamente impossível impedir", diz governador do AM após massacre

Guerra interna envolvendo facções criminosas deixou 55 presos mortos em Manaus em menos de 48 horas

Manaus: massacre já deixou 55 mortos desde domingo (Bruno Kelly/Reuters)

Manaus: massacre já deixou 55 mortos desde domingo (Bruno Kelly/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de maio de 2019 às 12h13.

São Paulo - Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na noite desta segunda-feira, 27, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), falou sobre a crise nos presídios no Estado. Uma guerra interna envolvendo facções criminosas deixou 55 presos mortos em Manaus em menos de 48 horas. Veja os principais trechos da entrevista:

O que pode ser feito para aumentar a segurança dentro das unidades prisionais?

É praticamente impossível você impedir uma situação dessas, porque foram detentos do mesmo pavilhão. Inclusive hoje (ontem, domingo) os detentos foram encontrados mortos dentro das celas. Eram parceiros do crime. Como eu vou evitar uma morte dessas? O que eu garanto é que o sistema está controlado. Não houve nenhuma fuga, nenhum agente penitenciário ferido, nenhum policial ferido. Nós já abrimos um inquérito para investigar quem foram os responsáveis por essas mortes. Estamos agora identificando os possíveis líderes, estamos separando, tirando dessas unidades prisionais.

Eles já saíram?

Estão sendo separados. Lá nós temos alas separadas, tem como eles ficarem isolados.

E as condições das celas eram precárias?

Como em qualquer Estado. Em todos no Brasil, as unidades prisionais hoje sofrem com o mesmo problema: superlotação. E é muito complicado aportar recursos para construir, por exemplo, presídios. Os Estados estão quebrados e o País tem outras prioridades. Como é que eu vou conseguir recurso para isso?

Qual será o papel da tropa federal?

O grupo de intervenção está indo para dar reforço ao nosso grupo que já está lá. Eles vêm com uma estrutura maior e um bom contingente de pessoas.

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