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"É possível que tenha um mandante", diz Bolsonaro sobre caso Marielle

Ex-PM e sargento reformado foram presos por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora e de motorista, há um ano

Jair Bolsonaro: presidente também pediu esclarecimentos sobre o ataque que sofreu em campanha no ano passado (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente também pediu esclarecimentos sobre o ataque que sofreu em campanha no ano passado (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de março de 2019 às 15h12.

Última atualização em 12 de março de 2019 às 15h39.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro afirmou que "é possível" que o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) tenha mandantes e que espera que as investigações tenham chegado nesta terça-feira (12) aos reais executores do crime.

Ele destacou que não conhecia a vereadora do Rio de Janeiro e completou: "Eu também estou interessado em saber quem mandou me matar". No ano passado, o presidente foi vítima de atentado durante a campanha eleitoral, de autoria de Adélio Bispo.

"É possível que tenha um mandante. Eu conheci a Marielle depois que ela foi assassinada. Eu não conhecia ela, apesar de ser vereadora com meu filho no Rio de Janeiro. E eu também estou interessado em saber quem mandou me matar", declarou.

Hoje, a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) prenderam o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, por envolvimento no assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes, que ocorreu há cerca de um ano.

Desde a divulgação das prisões, passou a circular na internet uma foto de Bolsonaro ao lado de Elcio de Vieira Queiroz, um dos suspeitos. Questionado sobre o assunto, Bolsonaro respondeu que tem fotos com "milhares de policiais civis e militares, com milhares, do Brasil todo".

Bolsonaro disse que não ficou surpreso com as descobertas desta terça porque "não existe crime impossível" de ser solucionado. "Eu acredito que não existe crime impossível de ser solucionado, coisa rara. Agora que poderia chegar a um bom termo, eu acredito que sim", disse.

Bolsonaro falou com a imprensa após encontro e pronunciamento ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que está no Brasil para sua primeira visita oficial.

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