Brasil

É possível criar uma economia verde no País sem poluição na Amazônia, diz Lula

Ainda sob a desconfiança do mercado em relação à responsabilidade fiscal do novo governo, presidente afirmou ser uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica

Lula discursa em evento: combate à violência contra a mulher foi outro ponto do discurso do presidente (Leandro Fonseca/Exame)

Lula discursa em evento: combate à violência contra a mulher foi outro ponto do discurso do presidente (Leandro Fonseca/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 13h29.

Última atualização em 31 de janeiro de 2023 às 13h29.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relatou nesta terça-feira, 31, mais trechos de sua conversa com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, com quem se reuniu na véspera no Palácio do Planalto. "Eu disse textualmente à Alemanha que nunca iremos transformar Amazônia em santuário da humanidade", contou o petista, que reiterou sua disposição em fomentar a pesquisa na floresta "por quem entende". Lula participa, no Palácio do Planalto, de solenidade para marcar a criação do Conselho de Participação Social,

Lula reafirmou que é possível criar uma economia verde no País, sem poluição na Amazônia e com olhos para a questão climática, que estaria "na nossa cara todo dia". "Que possamos cobrar dos países ricos o tal do crédito de carbono", afirmou o presidente. "Vamos ter economia baseada efetivamente na construção de alternativas energéticas limpas", acrescentou.

Violência contra a mulher

O combate à violência contra a mulher foi outro ponto do discurso de Lula, que pediu penas severas para homens agressores e sinalizou a disposição de que, até o final do seu mandato, os índices de feminicídio e agressão caiam ao menor índice da história.

Ao longo do pronunciamento no Palácio do Planalto, Lula destacou que o governo está no início, e com alguns ministérios ainda incompletos. É o caso do Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sonia Guajajara. "Quase todos os ministérios estão com problemas para cumprir a meta que se propuseram a cumprir", afirmou o petista, em nova reclamação sobre as restrições orçamentárias.

Lula reiterou ainda que já assinou o decreto para tirar definitivamente os garimpeiros das terras ianomâmis e repetiu que voltou à Presidência "sem qualquer espírito de vingança".

Estabilidade econômica

Ainda sob a desconfiança do mercado em relação à responsabilidade fiscal do novo governo, Lula afirmou ser uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica. "Eu sou uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica. Eu quero seriedade fiscal, mas eu quero seriedade política, quero seriedade social. Porque é verdade que temos muitas dívidas para pagar, mas a dívida impagável há cinco séculos é a dívida social com o povo brasileiro", declarou o petista no Palácio do Planalto. Lula voltou a prometer acabar com a fome do País e fazer o reajuste real do salário mínimo - ou seja, acima da inflação - embora tenha reconhecido que neste ano "será difícil".

Acompanhe tudo sobre:Economia verdeeconomia-brasileiraGoverno Lula

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas