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É momento de colocar projeto de segurança em prática, diz Flávio Bolsonaro

Senador se referiu sobre questões como redução da maioridade penal, sistema carcerário e estatuto do desarmamento

Flávio Bolsonaro: "Legislatura tem a oportunidade de fazer o que a população espera" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Flávio Bolsonaro: "Legislatura tem a oportunidade de fazer o que a população espera" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de março de 2019 às 12h52.

Brasília — Com 304 parlamentares, a Frente da Segurança Pública, chamada também de bancada da bala, fez nesta quarta-feira, 20, uma defesa enfática para que sua temática tenha prioridade nas discussões do Congresso. O posicionamento é um contra-ataque ao adiamento da análise do pacote de medidas do ministro da Justiça, Sergio Moro, que foi postergado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia adiou a tramitação do projeto para que ele não atrapalhe a discussão da Nova Previdência.

A defesa da segurança como prioridade - diferentemente da economia como afirma boa parte do governo - foi colocada inclusive por um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). "Esse é o momento propício para que o projeto vencedor das urnas seja colocado em prática", disse ele falando sobre questões de segurança, como redução da maioridade penal, sistema carcerário e estatuto do desarmamento.

"Não tenho dúvida de que essa Casa pode contribuir muito (com a segurança pública)", disse Flávio. Ele afirmou ainda que essa é a legislatura que "tem a oportunidade de fazer o que a população espera". "Vamos tratar bandido como bandido e policial com respeito", disse.

O presidente da frente, Capitão Augusto (PR-SP), afirmou que o grupo tem como "missão aprovar o pacote de Moro". Augusto é também presidente da Comissão Permanente sobre Segurança Pública na Câmara. "Entendemos a prioridade do governo, mas os membros aqui sabem que nossa bandeira sempre foi segurança pública e combate à corrupção", disse. "Temos de convencer os presidentes de que nossa reforma não pode ser preterida", completou.

Ele disse que Maia "sabe ouvir" e que os projetos, segurança e Previdência, podem tramitar conjuntamente sem problema. Para ele, deixar para o próximo ano, com eleições municipais, pode ser prejudicial.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, quer pedir celeridade ao seu projeto. "Vou conversar respeitosamente com o presidente da Casa (Rodrigo Maia, DEM-RJ)". O senador Major Olímpio (PSL-SP) também defendeu a pauta da segurança como a que mais "empolga" a população.

Augusto disse que vai se reunir ainda nesta quarta com Maia para pedir prioridade ao projeto de segurança pública. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que faz parte do grupo criado para analisar as medidas de Moro, disse que conversou com o presidente da Câmara na Terça-feira (19) e que ele teria concordado em reduzir o prazo de 90 dias, para o grupo analisar a proposta, para 45.

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