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É falso que Dipirona está infectado com vírus importado da Venezuela

Um falso alerta tem circulado no WhatsApp dizendo que o remédio estaria infectado com o vírus Marburg e seria importado da Venezuela

Remédio entregue na farmácia (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

Remédio entregue na farmácia (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de novembro de 2018 às 09h51.

Um falso alerta tem circulado no WhatsApp sobre o medicamento Dipirona — uma voz desconhecida afirma em áudio que o remédio estaria infectado com o vírus Marburg e seria importado da Venezuela, o que não é verdade, informa o blog Estadão Verifica.

A mentira já foi desbancada pelo Ministério da Saúde e pela empresa produtora do produto Dipimed, que aparece em foto associada ao boato.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia confirmado em agosto que a notícia sobre o medicamento infectado era falsa. Não há comprovação de Dipirona alterado com vírus.

A empresa que fabrica o remédio que aparece na corrente de WhatsApp, chamada Medquímica, também negou qualquer tipo de infecção.

Em nota, a Medquímica informou que o "medicamento (é) de origem totalmente nacional, registrado na ANVISA sob o nº 1.0917.0015 e comercializado no mercado há mais de 30 anos"

O registro do remédio está disponível no site da Anvisa.

O vírus Marburg, citado no áudio, realmente existe, mas não teve surtos identificados na Venezuela. Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, foram identificados casos em países do continente africano, como Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda.

Além de antigo, o boato também é requentado: ele já circulou com uma versão sobre Paracetamol infectado. Outras agências de checagem, como Aos Fatos, Boatos.Org, E-Farsas, Lupa e Fato ou Fake, também desbancaram a mentira.

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