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Presidente da CCJ acha constrangedor ter um presidente denunciado

Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) é o encarregado da escolha do relator da denúncia por corrupção contra Michel Temer (PMDB) na comissão da Câmara

Michel Temer: o presidente for denunciado por corrupção passiva (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: o presidente for denunciado por corrupção passiva (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de julho de 2017 às 15h05.

Última atualização em 3 de julho de 2017 às 15h06.

Belo Horizonte - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) afirmou nesta segunda-feira, 3, ser "constrangedor para todo o brasileiro ter um presidente da República denunciado criminalmente no Supremo Tribunal Federal (STF)".

Encarregado da escolha do relator da denúncia por corrupção contra Michel Temer (PMDB) na comissão, o parlamentar disse ainda que sua decisão levará em conta critérios técnicos, como conhecimento jurídico.

Pacheco falou para a Rádio Super Notícia, de Minas Gerais.

"É constrangedor para todo brasileiro ter um presidente da república denunciado criminalmente no STJ. A pura existência da denúncia já é um fato grave e que tem que ser encarado com a maior responsabilidade possível".

Integrante do mesmo partido de Temer, o deputado disse não se sentir pressionado para fazer a escolha.

"Se há objetivamente pressão ou não é uma avaliação que eu sinceramente não consigo ter essa dimensão. Eu não me sinto pressionado, seja por parte do governo que tem um interesse natural nessa matéria, como eu não me sinto pressionado pela oposição", afirmou.

Segundo o deputado, a definição sobre o relator da denúncia deverá ocorrer nesta terça-feira, 4.

Pacheco afirmou que escolherá "alguém que tenha conhecimento jurídico, portanto que seja advogado ou ligado ao meio jurídico, que tenha relativa independência. Quando eu falo relativa independência, nós temos que reconhecer que nós estamos dentro de uma casa política, que os deputados têm filiações partidárias, têm posições políticas, têm suas preferências, todos eles, seja base de governo, seja de oposição, até um deputado independente tem em algum momento a sua opinião. Então essa relativa independência é alguém que possa fazer preponderar os aspectos jurídicos dessa denúncia a algum apelo ou conveniência política", disse.

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