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É cedo para pacto migratório da UE ser considerado "sucesso", diz Tusk

Segundo o presidente da Comissão Europeia, houve acordo entre as lideranças e boa vontade. "Ainda é muito controverso. Nada é fácil neste contexto"

Donald Tusk: "Conseguimos um acordo no Conselho Europeu. É a parte mais fácil da tarefa" (Stringer/Reuters)

Donald Tusk: "Conseguimos um acordo no Conselho Europeu. É a parte mais fácil da tarefa" (Stringer/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de junho de 2018 às 15h44.

O presidente do Conselho Europeu (CE), Donald Tusk, disse hoje (29) que é "cedo demais" para considerar um "sucesso" o acordo dos líderes da União Europeia (UE) para criar nos países que integram o bloco centros "controlados" que separem refugiados e imigrantes econômicos.

"No que se refere a nosso acordo migratório, é cedo demais para falar em sucesso", afirmou Tusk."Conseguimos um acordo no Conselho Europeu. É a parte mais fácil da tarefa", afirmou Tusk.

Segundo o presidente da Comissão Europeia, houve acordo entre as lideranças e boa vontade. "Ainda é muito controverso. Nada é fácil neste contexto, mas finalmente vi determinação e união sobre esta iniciativa muito difícil e controversa.".

O político polonês lembrou que os líderes aceitaram estudar a implantação de plataformas de desembarque de imigrantes fora da UE, um financiamento específico para "combater a imigração ilegal" no próximo orçamento comunitário (2021-2027) e aumentar o apoio europeu aos guardas litorâneos da Líbia, país africano de onde parte a maioria dos imigrantes para a Europa.

De acordo com Tusk, a União Europeia conseguiu reduzir de forma "eficaz" o número de chegadas em 80%, "só pela nossa ação comum em fronteiras exteriores, a cooperação com a Guarda Costeira da Líbia e países terceiros e o nosso acordo com a Turquia".

Para Donald Tusk, o objetivo principal dessas plataformas fora da Europa deve ser desembarcar os imigrantes que tenham sido resgatados no mar, "distinguir" os imigrantes econômicos dos "verdadeiros refugiados" e, por último, devolver os imigrantes e reassentar os refugiados.

Para o político polonês, o acordo foi "uma conquista política", já que, pela primeira vez, pode-se falar em estabelecer um controle efetivo das fronteiras exteriores, como uma "verdadeira prioridade política da UE".

*Com informações da Agência EFE

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