Novo rodízio: Na capital paulista, os veículos com placa de final par podem circular somente em dias pares e de final ímpar, em dias ímpares, incluindo sábados e domingos (Germano Lüders/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de maio de 2020 às 13h01.
O ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS) Maurício Ceschin, afirmou que ainda é muito cedo para avaliar a efetividade do novo rodízio de veículos, implementado na cidade de São Paulo. Reforçou, contudo, que é preciso insistir em medidas de distanciamento social para combater a propagação da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
"O que está se pretendendo é estimular o distanciamento social e o isolamento. Mas se a medida aumenta o número de pessoas em transporte público não está indo nessa direção", avaliou, durante coletiva de imprensa para balanço do primeiro mês do Todos pela Saúde, projeto do Itaú Unibanco para apoiar o combate à pandemia, do qual faz parte.
De acordo com ele, toda tentativa de manter e aumentar o isolamento social é válida, entretanto, é necessário que as pessoas que precisam sair de suas casas estejam protegidas. No caso do novo rodízio de veículos adotado em São Paulo, conforme ele, é preciso que o transporte público seja ampliado para evitar um maior número de aglomerações de pessoas.
"Precisa avaliar o custo-benefício, se está havendo menos circulação de pessoas versus número menor de carros e se está sendo compensado por um número maior de ônibus", destacou Ceschin. "Precisamos insistir no distanciamento social como arma para contrapor o numero de casos crescentes da pandemia", acrescentou.
O novo rodízio na capital paulista começou a vigorar na última segunda-feira, dia 11. Assim, veículos com placa de final par podem circular somente em dias pares e de final ímpar, em dias ímpares. Diferente do anterior, que valia apenas no centro expandido de São Paulo, o novo rodízio está em vigor em toda a cidade, 24 horas por dia e durante os sete dias por semana, incluindo sábados e domingos.