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É assim que o Brasil (não) cuida do seu lixo

A política do laissez-faire com relação ao manejo de resíduos resulta em rios de lixo e contaminação a céu aberto. Veja o descaso em grandes números

Funcionários da Prefeitura de Salto limpam o lixo exposto com a seca no Rio Tietê (Divulgação/Prefeitura de Salto)

Funcionários da Prefeitura de Salto limpam o lixo exposto com a seca no Rio Tietê (Divulgação/Prefeitura de Salto)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 15h14.

São Paulo – Terminou no último sábado (2) o prazo para que o Brasil encerrasse o descarte irregular de lixo, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em 2010. Mas o cenário de gestão de resíduos pouco se alterou nestes quatro anos.

Em 2013, o país gerou 76 milhões de toneladas de resíduos sólidos. Quase metade disso foi parar em lixões ou em aterros de baixa segurança, colocando em risco a saúde do meio ambiente e da população. Pior, quase 10% de todos os resíduos que produzimos no ano passado sequer foi coletado pelos municípios, sendo lançado em rios e áreas clandestinas.

A política do laissez-faire com relação ao manejo do lixo resulta em situações como a que deixou atônita a população da região de Salto, em Sorocaba, na semana passada. Por conta da estiagem severa, o Rio Tietê, que corta o centro da cidade, transformou-se num fio de água e expôs toneladas de lixo acumulado ao longo de décadas (foto ao lado).

Veja a seguir 10 números que mostram como o Brasil ainda cuida muito mal do seu lixo. Os dados são do novo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2013. O estudo anual foi lançado nesta semana pela  Assciação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

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