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Dyogo não vê resistência no Congresso à reforma da Previdência

Os parlamentares têm apontado dificuldades em votar a reforma da Previdência às vésperas do calendário eleitoral

Dyogo: "Estamos todos imbuídos do espírito de retomar essa discussão no Congresso Nacional muito em breve" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Dyogo: "Estamos todos imbuídos do espírito de retomar essa discussão no Congresso Nacional muito em breve" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 21h35.

Brasília - O governo pretende retomar "muito em breve" as discussões em torno da aprovação da reforma da Previdência, disse nesta segunda-feira, 16, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Segundo ele, essa é uma "pauta permanente" no governo.

"Não vejo essa resistência tão grande (no Congresso)", afirmou Dyogo, quando perguntado sobre a postura reticente dos parlamentares, que têm apontado dificuldades em votar a reforma da Previdência às vésperas do calendário eleitoral.

"Nós estamos empenhados nisso, tanto a equipe econômica quanto a área política do governo, estamos todos imbuídos do espírito de retomar essa discussão no Congresso Nacional muito em breve", disse o ministro, após participar da abertura da 3º Semana de Inovação em Gestão Pública, em Brasília.

Na semana passada, a agência de classificação de risco Standard & Poor's emitiu alerta de que o País pode ter sua nota de crédito rebaixada caso não consiga aprovar alguma mudança nas regras de aposentadoria e pensão no Brasil a tempo de produzir "algum efeito" para o próximo governo.

Mais cedo, durante discurso na abertura do evento, o ministro ressaltou que o País já "atravessou" a crise econômica.

"O pior já passou e vivemos uma recuperação", afirmou. Ele admitiu, no entanto, que o Brasil ainda precisa enfrentar desafios na área fiscal, sendo que o principal deles é a reforma das despesas públicas.

"Teremos que fazer o ajuste fiscal, mas as reformas vão além do ajuste fiscal", disse.

Segundo Dyogo, o governo precisa trabalhar em medidas para conter os "efeitos avassaladores" do crescimento das despesas obrigatórias sobre os investimentos, que hoje ocupam parcela muito pequena no Orçamento federal se comparada à de outros gastos, como Previdência.

O ministro ressaltou ainda a necessidade de trabalhar para superar a "crise de relacionamento" entre Estado e cidadãos. "O Brasil ainda carrega uma herança burocrática", disse.

"Às escusas do passado, o País ainda resiste e patina para fazer transições necessárias."

Dyogo mencionou uma série de iniciativas do governo para digitalizar a gestão, como o Táxigov, para deslocamentos de servidores e traslados de documentos, e o Painel de Preços, que permite comparação de custos de produtos e serviços entre diversos órgãos.

Mas o governo ainda pretende simplificar outros processos, compartilhando documentos entre órgãos para reduzir burocracia para os cidadãos, destacou.

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