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Dunga deve ser anunciado técnico do Brasil na terça

O treinador deverá voltar à seleção quatro anos depois de ter sido demitido pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira


	Dunga: a volta de Dunga teve participação direta de Gilmar Rinaldi
 (Marcello Casal Jr. / ABr)

Dunga: a volta de Dunga teve participação direta de Gilmar Rinaldi (Marcello Casal Jr. / ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 07h40.

São Paulo - Por indicação de Gilmar Rinaldi, Dunga deve ser anunciado como novo técnico da seleção brasileira nesta terça-feira, na sede da CBF, no Rio.

Amigo do treinador desde os tempos de Internacional, no fim da década de 1980, o treinador deverá voltar à seleção quatro anos depois de ter sido demitido pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ao final da Copa de 2010 na África do Sul.

Prestes a ser oficializada, a volta de Dunga teve participação direta de Rinaldi, nomeado diretor de seleções. José Maria Marin, atual presidente da CBF, e Marco Polo Del Nero, eleito para assumir a presidência em 2015, aceitaram de pronto a sugestão de Rinaldi e passaram a negociar com Dunga.

O contrato com o treinador e a CBF teria sido fechado na sexta-feira à noite. No sábado, às 7 horas, o portal da entidade publicou uma nota dizendo que o novo técnico da seleção seria apresentado na terça-feira, às 11 horas, na sede da CBF.

Confirmado sucessor de Felipão, Dunga pode apresentar na terça-feira a sua comissão técnica.

Em 2010, seu auxiliar direto foi Jorginho e a maioria dos assessores (médico, preparador físico, fisiologista e assessor de imprensa) também esteve com Felipão na Copa de 2014, encerrada no último dia 13.

A opção por Dunga agora segue a mesma linha adotada por Ricardo Teixeira em 2006. O então presidente da CBF queria um treinador linha dura para amenizar os efeitos da desastrosa preparação da seleção em Weggis, na Suíça, para a Copa da Alemanha.

Teixeira inventou Dunga como treinador - o ex-jogador, capitão do tetra, até então não tinha experiência na função de técnico de futebol. Era uma resposta do presidente da CBF à suposta falta de pulso firme de Carlos Alberto Parreira, treinador do Brasil na Copa de 2006.

Dunga assumiu e de pronto aceitou as ordens de Teixeira. Acabou com privilégios que alguns veículos de comunicação tinham com os jogadores e passou a tratar a imprensa como inimiga da seleção.

CAMPANHA MODESTA - Na Copa de 2010, enclausurou os jogadores em um hotel dentro de um campo de golfe em Johannesburgo, na África do Sul, e só permitiu acesso aos atletas em entrevistas oficiais.

A campanha do Brasil naquele Mundial também foi modesta: venceu a Coreia do Norte por 2 a 1, derrotou Costa do Marfim por 3 a 1, e empatou sem gols com Portugal. Nas oitavas de final ganhou do Chile por 3 a 0 e perdeu para a Holanda por 2 a 1 nas quartas.

Antes do Mundial na África do Sul, Dunga havia conquistado a Copa América na Venezuela, em 2007. Dois anos depois, levou a Copa das Confederações disputada na África do Sul.

Um dia depois de demitir Dunga, Ricardo Teixeira revelou que estava arrependido de não ter feito a troca de treinadores antes da Copa. "Não se interrompe um voo quando o avião sobrevoa o mar", disse o presidente da CBF.

Marin e Del Nero, ao que parece, não levaram em consideração as ponderações de Teixeira na época e deverão apostar novamente no treinador gaúcho.

Nesta terça-feira, a dupla deve confirmar o tempo de contrato firmado com Dunga e os próximos passos do novo comandante da seleção brasileira.

Os primeiros compromissos do time serão em setembro, nos amistosos contra Equador e Colômbia nos Estados Unidos.

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