Brasil

Duda Mendonça cita caixa 2 em campanha de Skaf, diz jornal

Marqueteiro informou ao MPF que Odebrecht pagou parte dos trabalhos da campanha do peemedebista.

 (Facebook/Divulgação/Divulgação)

(Facebook/Divulgação/Divulgação)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 3 de novembro de 2016 às 09h30.

Última atualização em 3 de novembro de 2016 às 09h30.

Brasília – Em depoimento ao Ministério Público Federal, o marqueteiro Duda Mendonça revelou que teria recebido da Odebrecht, por meio de caixa dois, parte do pagamento dos serviços realizados na campanha de Paulo Skaf (PMDB-SP), em 2014.

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o publicitário teria feito a confissão com o objetivo de fechar um acordo de delação premiada. A negociação com a Procuradoria-Geral da República (PGR) já dura cerca de dois meses. Mendonça teria decidido falar abertamente sobre o ocorrido ao descobrir que seu nome seria citado na delação da empreiteira.

A campanha de Skaf teria recebido dinheiro da Odebrecht para quitar despesas de marketing, por meio do Setor de Operações Estruturadas, que seria o departamento de propinas da empreiteira, de acordo com as investigações.
Mesmo com o interesse do marqueteiro em fechar acordo de delação premiada, a PGR ainda não se manifestou se aceitará a proposta.

Segundo a prestação de contas feita pela campanha peemedebista, a Votemim Escritório de Consultoria Ltda, de Duda Mendonça e outros sócios, recebeu sete pagamentos oficiais, totalizando R$ 4,1 milhões. A conta dos serviços de marketing, porém, teria superado esse montante.

Skaf afirmou ter total desconhecimento do assunto e classificou as acusações como absurdas. Duda Mendonça manteve o silêncio quando procurado pela reportagem.

De acordo com o escritório Lira Rodrigues, Coutinho & Iunes Advogados, de Brasília, responsável por parte da defesa do marqueteiro, não há qualquer negociação de delação em andamento. Por estar em processo de negociação de delação, a Odebrecht também não comentou.

Acompanhe tudo sobre:MDB – Movimento Democrático BrasileiroMinistério PúblicoNovonor (ex-Odebrecht)Operação Lava Jato

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos