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Doria vai cortar ponto de funcionários que aderirem à greve

Para o prefeito, atos são legítimos do ponto de vista democrático, mas funcionários da Prefeitura que participarem serão penalizados

João Doria fala sobre greve geral e reforma da Previdência em entrevista - 25/04 (Twitter/Reprodução)

João Doria fala sobre greve geral e reforma da Previdência em entrevista - 25/04 (Twitter/Reprodução)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 25 de abril de 2017 às 13h21.

Última atualização em 25 de abril de 2017 às 21h22.

São Paulo – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na manhã de hoje que irá descontar um dia de trabalho dos funcionários públicos municipais que participarem da greve geral convocada por centrais sindicais para a próxima sexta-feira (dia 28), embora ele considere as mobilizações legítimas do ponto de vista democrático.

“Eu não apoio esse movimento. Já disse que, na Prefeitura de São Paulo, funcionários públicos que participarem, vão ter seu ponto cortado”, afirmou o tucano em entrevista para a Super Rádio AM. “Se não trabalhar, vai ter um dia a menos no seu salário”.

As mobilizações marcadas para esta sexta se posicionam contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo presidente Michel Temer e que tramitam no Congresso.

As mudanças foram defendidas pelo prefeito de São Paulo, para quem a reforma da Previdência não afetará as perspectivas de aposentadoria de quem já está no mercado de trabalho.

“A Reforma Previdenciária não prejudica ninguém. Ninguém que está já no seu processo de trabalho é prejudicado. A reforma tem um impacto para 20, 25, 30 anos, daí para frente”, disse durante a entrevista.

Segundo o prefeito, a reforma trabalhista, por sua vez, coloca em ordem as leis que regem o mercado de trabalho no país, classificadas por ele como arcaicas.

“Não pode uma legislação da década de 40 estar ativa no século 21. É um atraso, um retrocesso. Por isso que muitos empregos são perdidos ou não são gerados”, afirmou. “É falso você imaginar que ela protege o trabalhador, ela prejudica o trabalhador a medida que você não gera mais empregos”.

Segundo ele, as reformas são importantes e o único instrumento capaz de reverter “triste situação que o PT deixou de presente nos governos Lula e Dilma para nós brasileiros”.

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