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Doria promete ajudar a levar Bolsonaro a tribunais internacionais

Governador de SP também se solidarizou com outros governadores que, como ele próprio, enfrentaram manifestações em seus estados contra as medidas adotadas para combater a disseminação da covid-19

João Doria e Jair Bolsonaro. (Marcos Corrêa/PR/Reprodução)

João Doria e Jair Bolsonaro. (Marcos Corrêa/PR/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2021 às 17h04.

Última atualização em 15 de março de 2021 às 17h29.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que vai ajudar a levar o presidente Jair Bolsonaro a julgamento em tribunais internacionais por sua condução no combate à pandemia de covid-19 no país. Em comissão de acompanhamento da pandemia no Congresso, nesta segunda-feira, 15, Doria declarou que pretende auxiliar para que Bolsonaro "seja julgado por esse genocídio que está cometendo contra os brasileiros".

Segundo o governador, "daqui a pouco vai faltar oxigênio, daqui a pouco vão faltar condições básicas para o país, que vive a sua maior tragédia, e temos um presidente que sorri, que anda de jet-ski, que come leitãozinho e despreza a vida. Pois eu desprezo Jair Bolsonaro e desprezo todos que, como ele, são negacionistas", disse o governador. "O que ele está promovendo no Brasil é um genocídio."

O governador repetiu que o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, completará a entrega de mais 5,3 milhões doses da Coronavac ao Ministério da Saúde nos próximos dias e reforçou críticas ao governo federal. Segundo ele, em três dias, o Butantan entregará "mais vacinas para o Brasil do que todas as outras vacinas que o governo federal prometeu e pouco entregou".

"Até agora, o Ministério da Saúde, que promete, promete, promete e promete, só disponibilizou 4 milhões de doses da vacina de Oxford e da vacina AstraZeneca para os brasileiros", destacou o governador paulista.

Doria também se solidarizou com governadores que, como ele próprio, enfrentaram manifestações em seus estados contra as medidas adotadas para combater a disseminação da covid-19. "Eu também, ontem, aqui, tive manifestações na porta da minha casa, xingamentos a mim, ameaças a mim, a minha esposa, aos meus filhos. Não foi a primeira vez, não será a última vez. Esse é o clima, infelizmente, que temos no país, e é o preço que nós, governadores, pagamos."

Com relação às medidas do plano emergencial que entraram em vigor hoje no estado de São Paulo, o governador anunciou uma força-tarefa com a Polícia Militar, Polícia Civil, Procon, prefeituras municipais, vigilância sanitária e guardas metropolitanas, para coibir eventos, "seja até em cassino", disse, em referência ao fechamento de dois estabelecimentos de jogos clandestinos no estado. "Um deles, até com pessoas que deviam dar o exemplo de conduta aos demais e deram exatamente o pior exemplo", afirmou o governador, referindo-se ao jogador Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Flamengo, encontrado em um dos flagrantes.

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