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Doria pretende anunciar decisão sobre 3ª dose em SP na sexta-feira

Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a aplicação da terceira dose para imunossuprimidos e idosos a partir de 15 de setembro

Governador João Doria (PSDB). (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

Governador João Doria (PSDB). (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de agosto de 2021 às 10h50.

Última atualização em 25 de agosto de 2021 às 10h51.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pretende anunciar sua decisão sobre a aplicação da terceira dose da vacina contra covid-19 no estado na próxima sexta-feira (27). Segundo disse nesta quarta-feira, 25, o tucano em coletiva de imprensa, os integrantes do Plano Estadual de Imunização (PEI) se reúnem amanhã para fechar o posicionamento sobre o tema e divulgá-lo no dia seguinte.

Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a aplicação da terceira dose para imunossuprimidos e idosos a partir de 15 de setembro, mas o governo paulista, desde o início da pandemia, tem buscado se adiantar em relação ao calendário nacional.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, também participou da coletiva de imprensa e garantiu que a entidade, responsável pela produção da Coronavac no Brasil, se prepara para a "eventualidade de uso da terceira dose". "A terceira dose precisa ser considerada, mas uma faixa grande da população recebeu apenas uma dose. Temos de completar a segunda dose, na minha opinião. Essa é a posição da Organização Mundial da Saúde" lembrou Covas.

De acordo com dados divulgados ontem pelo consórcio de veículos da imprensa, o País tem apenas 26,83% da população inteiramente imunizada - ou seja, com duas doses ou com a vacina de dose única.

Diversos estudos têm apontado a necessidade de uma terceira aplicação de imunizantes, não apenas da Coronavac, como forma de ampliar a proteção contra variantes do coronavírus mais agressivas, como a delta.

O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, destacou que a possibilidade a terceira dose é discutida para idosos e imunossuprimidos pela menor taxa de anticorpos produzidos nestes grupos, em linha, portanto, com o anunciado por Queiroga nesta manhã.

O médico infectologista aproveitou seu pronunciamento para tecer novas críticas à distribuição de doses pelo ministério da Saúde. "Não é dose de reforço, é terceira dose. Temos que nos antecipar. Estamos fazendo isso no momento correto. Mas para fazermos todas essas estratégias, precisamos de vacinas. Não podemos ter doses de vacinas retidas por ninguém, muito menos pelo ministério", afirmou.

As falas de Doria, Covas e Gorinchteyn foram feitas em coletiva de imprensa nesta manhã após entrega de quatro milhões de doses da Coronavac ao Plano Nacional de Imunizações (PNI). À tarde, o Palácio dos Bandeirantes anuncia novas atualizações sobre o combate à pandemia no Estado e volta a atender os jornalistas.

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