João Doria: "Quem toma a decisão para uma candidatura dos bons partidos é o povo" (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de junho de 2017 às 19h18.
Brasília - Em almoço com empresários de Brasília, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o povo decidirá quem será o representante do partido na eleição de 2018.
Ele disse que não se apresenta como candidato para o pleito porque "deve lealdade" ao governador Geraldo Alckmin (SP) e "não fará nada para atropelá-lo" ou colocá-lo "em situação de constrangimento".
Doria ponderou que no futuro a legenda definirá o seu candidato "sem ressentimentos, sem machucaduras, sem mágoas e de forma natural".
"Quem toma a decisão para uma candidatura dos bons partidos não são os candidatos nem os partidos. É o povo", afirmou, citando fala do próprio Alckmin e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
As declarações ocorreram em evento organizado pelas seções do Distrito Federal da Fecomércio e do Lide, fundada pelo tucano.
Durante o discurso, o prefeito de São Paulo também voltou a criticar o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele defendeu que o petista dispute as eleições do ano que vem para ser derrotado e "enterrado".
O tucano disse não temer os índices de popularidade de Lula, lembrando que, na disputada pela prefeitura de São Paulo, no ano passado, derrotou o candidato do petista, Fernando Haddad.
"Evidentemente que Lula não é o Haddad, mas não temos que ter medo do Lula. Já defendi e continuo a defender que o Lula deve ser candidato nas eleições. Deve disputar as eleições, sim, e perder as eleições. Para não criarmos um mártir e a vitimização que pode eternizar a figura de um mito que não é mito", disse Doria.
Ele destacou que o fato de Lula disputar as eleições "não vai isentá-lo das penas que ele deverá receber, provavelmente fruto dos cinco indiciamentos que já tem".
"Ao perder a eleição, e assim será, Deus é grande e o povo brasileiro também, vamos enterrar o mito, vamos enterrar o Lula e vai ficar o Luiz Inácio", disse o prefeito de São Paulo encerrando a palestra.