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Doria: “não estou fazendo campanha, estou fazendo gestão”

Prefeito deu palestra durante o EXAME Fórum, que neste ano comemora os 50 anos da revista EXAME

João Dória, prefeito de São Paulo: até o momento, existem oito pré-candidaturas apresentadas na disputa pelo governo (Germano Luders/Site Exame)

João Dória, prefeito de São Paulo: até o momento, existem oito pré-candidaturas apresentadas na disputa pelo governo (Germano Luders/Site Exame)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 14h34.

Última atualização em 4 de setembro de 2017 às 15h07.

São Paulo – Em palestra durante o EXAME Fórum nesta segunda-feira (4), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB),  voltou a reafirmar que não está em campanha eleitoral. “Não estou fazendo campanha, estou fazendo gestão. Não assumi esse desafio [a prefeitura] para ser bonzinho, mas para ser brasileiro”, disse o prefeito.

O prefeito se referia ao título dado a sua entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que dizia "Doria admite sair do PSDB e descarta prévia com Alckmin". Ele afirmou que o título dá a impressão errada de que ele pretende sair do partido, ressaltando que não deixaria o PSDB "no momento".

"Eu fico muito honrado com os convites dos outros partidos que recebi, mas no momento eu não pretendo sair do PSDB. Se eu for candidato, e isso é no futuro, eu posso ter que mudar de partido. Mas ainda tem muita água para rolar", justificou. Ele ressaltou, ainda, que entrou para o PSDB por vontade própria, e não por convite.

Doria ainda voltou a descartar que haja qualquer atrito entre ele e seu padrinho político,  o governador Geraldo Alckmin (São Paulo), que falou no evento pouco antes do prefeito. “Não há [animosidade] nem velada nem revelada. Nossas relações são as melhores possíveis, nunca teve, não tem e nunca terá atrito”, garantiu.

Empreendedorismo no setor público

João Doria afirmou que sua gestão à frente da Prefeitura de São Paulo tem o mote de trazer o viés empreendedor para a vida pública.

“Passaram a campanha toda dizendo que eu não conseguiria, me falando para desistir. Mas quem é empreendedor não desiste, confia. Foi assim que eu cresci, meu pai não me deixou bens materiais, mas me legou dignidade, hombridade e correção”, listou.

“Mas eu não tenho arrependimento nenhum. Eu tinha tudo o que uma vida de trabalho pode oferecer, um casamento de 25 anos, casa, mas decidi entrar na política porque lembrei do meu pai, que me ensinou a ser guerreiro”.

Doria lembrou das lições aprendidas com o trabalho no setor privado que ele levou para a gestão da prefeitura.

“Eu aprendi no setor privado a montar um bom time. Se você tem uma boa equipe em uma empresa, o CEO pode ir viajar que não muda nada. Por isso eu posso, sim, ir viajar, sair da cidade, não precisa de mim. É claro que a gente pode errar, mas no setor privado o importante é corrigir logo o erro”.

O prefeito também aproveitou para alfinetar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Minha vida foi construída com trabalho, coisa que o Luiz Inácio Mentiroso da Silva não gosta”.

Em outra citação, Doria mencionou o ex-prefeito Fernando Haddad, afirmando que ele é “um caso raro de honestidade no PT”. Ainda finalizou o discurso dizendo que “nenhuma bandeirinha vermelha" irá impedi-lo. "Não preciso ser candidato, preciso ser brasileiro com B maiúsculo", disse.

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