Brasil

Doria minimiza saída de três deputados do PSDB

Segundo o prefeito, a mudança "faz parte do jogo democrático" e a "legislação eleitoral permite ingressos e saídas"

João Doria: para contrapor, o político destacou a entrada dos deputados estaduais Gilmar Gimenes e Márcio Camargo (João Doria/Divulgação)

João Doria: para contrapor, o político destacou a entrada dos deputados estaduais Gilmar Gimenes e Márcio Camargo (João Doria/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2018 às 09h18.

São Paulo - Pré-candidato ao governo de São Paulo, o prefeito João Doria (PSDB) minimizou nesta quarta-feira, 4, a saída de três deputados estaduais da legenda.

Segundo o prefeito, a mudança "faz parte do jogo democrático" e a "legislação eleitoral permite ingressos e saídas". Para contrapor, Doria destacou a entrada dos deputados estaduais Gilmar Gimenes e Márcio Camargo, na terça-feira, no partido.

"Ontem celebramos a entrada de dois deputados no PSDB, e muito provavelmente entre hoje e amanhã (ontem e hoje) teremos mais um deputado. A janela que aí existe é parte da democracia e a legislação eleitoral permite ingressos e saídas", disse.

"Aos que estão saindo, desejamos sucesso. Que continuem sua vida legislativa em outro partido. Aos que chegaram, as boas-vindas dentro do campo do PSDB."

Doria, que deve deixar a Prefeitura no sábado, dia 7, já anunciou planos para a próxima semana, quando fará visitas ao interior para dialogar com prefeitos, vereadores e lideranças do PSDB e de outros partidos.

Com a renúncia do governador Geraldo Alckmin, prevista para sexta-feira, 6, para disputar a Presidência da República, também estão deixando o PSDB tucanos históricos que se alinharam ao vice, Márcio França (PSB), que assume o governo. Em outubro, França vai disputar a reeleição e terá Doria entre seus adversários.

A expectativa no PSDB é que ao menos cinco dos 19 deputados da bancada tucana mudem de sigla. Barros Munhoz deixa o PSDB após 15 anos, período no qual foi duas vezes presidente da Assembleia Legislativa e líder dos governos José Serra e Geraldo Alckmin. Além de Munhoz, a caminho do PSB, o Coronel Telhada vai para o PP.

Outro tucano histórico que deixou a sigla e se alinhou com França é o vereador da capital Mário Covas Neto. Filho do ex-governador Mário Covas e tio do futuro prefeito, Bruno Covas, ele vai disputar o Senado pelo Podemos e fazer campanha para França.

Caciques

A campanha de Doria ao governo de São Paulo também não deve contar com o apoio de líderes históricos do PSDB que se tornaram desafetos do prefeito. É o caso do ex-senador José Aníbal e do ex-governador Alberto Goldman.

Segundo aliados, o senador José Serra também não demonstra entusiasmo com o candidatura de Doria. O principal "trunfo" do prefeito na velha guarda do partido hoje é o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

O chanceler assinou a lista de apoio à candidatura de Doria nas prévias e deve apoiá-lo na campanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018João Doria JúniorPSDBsao-paulo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas