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Doria liga adversário ao PT e cita Bolsonaro

Doria defendeu o fim de mordomias e do cabide de empregos, a redução da idade penal de 18 anos para 16 anos

João Doria: cinco nomes anunciados para compor governo a partir de 2019 (João Doria/Facebook/Divulgação)

João Doria: cinco nomes anunciados para compor governo a partir de 2019 (João Doria/Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de outubro de 2018 às 10h35.

Ribeirão Preto - Na abertura do horário eleitoral gratuito no rádio para o segundo turno da disputa ao governo paulista, na manhã desta sexta-feira, 12, o ex-prefeito de São Paulo e candidato tucano, João Doria (PSDB), atacou o adversário, o governador e candidato à reeleição, Márcio França (PSB), tentando ligá-lo ao PT.

Ele também defendeu o candidato de direita a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Do outro lado, França disse que "o povo não quer nem PT e nem PSDB" e divulgou o apoio do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (PMDB), principal adversário de ambos no primeiro turno.

Doria iniciou o programa agradecendo os mais de 6,5 milhões de votos recebidos no primeiro turno, citou a vitória em quase 80% dos municípios e na capital paulista e afirmou ser "bem provável que a única crítica" que meu adversário (França), "candidato do Partido Socialista (sic) e defensor do PT", seja o fato de ter descumprido a promessa de ficar os quatro anos de mandato como prefeito da capital. Eleito em 2016, Doria esteve por pouco mais de um ano no cargo e renunciou em 2018 para tentar o governo paulista.

Para justificar o descumprimento da promessa, Doria informou que nunca roubou, nunca abusou do poder e nunca viveu da política. "Essa é a única coisa que sobrou para ele me criticar". Doria citou realizações feitas no período em que esteve à frente da Prefeitura, prometeu continuar doando o salário caso seja eleito governador e disse que não é "um velho político, igualzinho ao Márcio França".

Doria defendeu o fim de mordomias e do cabide de empregos, a redução da idade penal de 18 anos para 16 anos. "Essas são as verdades que eu defendo, para evitar que a esquerda, os socialistas e aliados do PT tomem o poder no Estado de São Paulo. É hora de proteger o Brasil, apoiar Bolsonaro e resgatar a esperança dos brasileiros".

França

Assim como Doria, França começou o programa agradecendo o apoio os mais de 4,3 milhões de votos e também citando o PT, mas com ataques ao adversário. "O povo não quer nem PT e nem PSDB, que governa São Paulo há mais de 20 anos", disse. Ele não citou, no entanto, que foi vice-governador de Geraldo Alckmin (PSDB) em mais de sete anos desse período e que assumiu o cargo este ano após o tucano renunciar para disputar a eleição à Presidência da República.

França contrapôs o novato Doria ao lembrar que tem mais de 30 anos de vida pública "com ficha limpa". Em seguida, o programa do candidato do PSB introduziu uma personagem que o questionou sobre o apoio de Skaf a sua candidatura. "(...) É sempre possível, no final, a gente unir força e encontrar o melhor caminho para São Paulo. Por isso, é verdade que, com muita honra e orgulho, eu recebo o apoio do meu amigo Skaf". Em um breve relato, Skaf também agradeceu a votação no primeiro turno e diz ter tomado a decisão de votar 40, número de França.

No final, sem citar diretamente o nome de Doria e o descumprimento da promessa de permanecer na prefeitura, França lembrou que hoje é o dia das crianças e afirmou que "temos de ensinar ao filho que a palavra é a honra da pessoa" e que "quem não honra compromisso, não merece apoio", completou. "Não vale tudo. Não vale mentir, enganar as pessoas e trair os amigos", concluiu o governador e candidato à reeleição. Esta semana, em uma reunião do comando do PSDB, em Brasília, Alckmin disse que Doria o traiu durante o primeiro turno.

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