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Doria inaugura contêineres para acolher dependentes químicos

A estrutura foi instalada próximo à Praça Princesa Isabel, que virou o novo ponto de venda e consumo de drogas desde a operação na antiga Cracolândia

João Doria: a estrutura foi doada por empresas em um acordo de comodato que deve durar até dezembro deste ano (Rovena Rosa/Agência Brasil)

João Doria: a estrutura foi doada por empresas em um acordo de comodato que deve durar até dezembro deste ano (Rovena Rosa/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2017 às 14h56.

Última atualização em 8 de junho de 2017 às 14h59.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), inaugurou, nesta quinta-feira, 8, um centro de atendimento emergencial com contêineres para acolher até 400 dependentes químicos por dia no centro de São Paulo. O espaço começa a funcionar a partir das 18 horas.

A estrutura foi doada por empresas em um acordo de comodato que deve durar até dezembro deste ano, com possibilidade de prorrogação e fica em um estacionamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na Rua General Couto de Magalhães, a 750 metros da Praça Princesa Isabel, que virou o novo ponto de venda e consumo de drogas desde a operação policial na antiga Cracolândia, há 18 dias.

A gestão Doria não informou o custo total das instalações doadas.

Foram instalados 25 contêineres com 100 camas para pernoite dos dependentes, um refeitório grande, 20 chuveiros, três banheiros com 18 vasos sanitários, duas salas de atendimento social e de saúde e uma academia ao ar livre.

Cada contêiner tem quatro beliches em um espaço estreito, com capacidade para até oito pessoas.

O plano inicial do governo municipal era montar a estrutura em um terreno da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) a 100 metros da nova Cracolândia, mas foi revisto após protestos de moradores do bairro Campos Elíseos.

Na nova área, no entanto, também existe resistência. "Eles montaram tudo na madrugada, escondidos, porque sabem que nós moradores não concordamos", disse a aposentada Maria Cleide Casarotti, de 65 anos.

"Vai atrapalhar o nosso comércio, afastar o público", reclama o comerciante Palada Badú, de 55, dono de uma loja de informática na região. "Achamos que vai degradar a região", reclama o comerciante Luiz Vieira, de 51.

Sobre a distância maior em relação ao fluxo de usuários de droga, alvo de reclamações dos agentes de assistência social, Doria diz que há veículos da Prefeitura que podem levar ao local aqueles que tiverem interesse em receber atendimento.

"Temos convicção de que aqueles que estão convencidos de que é possível ter uma porta para a vida, se deslocarão até aqui", afirmou o prefeito, acompanhado do secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará.

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