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Doria faz juramento de posse, sem discurso

A sessão foi presidida pelo vereador Eduardo Suplicy (PT), o mais votado na última eleição e o mais velho da Casa

Doria: "me comprometo com a justiça social, paz e igualdade de tratamento a todos os cidadãos" (Rodrigo Paiva/Reuters)

Doria: "me comprometo com a justiça social, paz e igualdade de tratamento a todos os cidadãos" (Rodrigo Paiva/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de janeiro de 2017 às 17h04.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tomou posse hoje, por volta das 16 horas, em sessão solene na Câmara dos Vereadores. Ele se limitou a fazer o juramento de posse, sem discursos.

"Me comprometo com a justiça social, paz e igualdade de tratamento a todos os cidadãos", disse. Hoje, às 17 horas, acontecerá a cerimônia de transmissão do cargo no Teatro Municipal.

A sessão começou às 15h30, com atraso de meia hora, e foi presidida pelo vereador Eduardo Suplicy (PT), o mais votado nas eleições de outubro e também o mais velho entre os parlamentares da Casa.

Na abertura da cerimônia, Suplicy lembrou ter trabalhado pela tentativa de reeleição do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e frisou que irá compor a base de oposição na Câmara.

"Todos sabem o quanto eu batalhei para que Haddad fosse eleito, pois considero que ele teve uma excelente gestão. Mas expresso meu respeito pela maneira democrática com que Vossa Excelência foi eleito", afirmou Suplicy, dirigindo-se a Doria.

"Temos a obrigação de fiscalizar os atos do Executivo. Espero que seja uma gestão de diálogo e respeito", disse. Suplicy acrescentou esperar que o presidente da Câmara converse com os demais parlamentares antes de apresentar eventual recurso contra a decisão judicial que suspendeu o reajuste salarial dos vereadores na última semana.

Tomaram posse também o vice-prefeito, Bruno Covas (PSDB), e os 55 vereadores. Cinco suplentes assumiram o cargo no lugar de vereadores eleitos que deixaram o posto para comandar secretarias do governo municipal.

Os suplentes empossados foram Abou Anni (PV), Caio Miranda Carneiro (PSB), Dalton Silvano (DEM), Quito Formiga (PSDB) e Rodrigo Gomes (PHS). Já os vereadores que assumirão as pastas municipais são Soninha Francine (PPS), Patrícia Bezerra (PSDB), Eliseu Gabriel (PSB), Daniel Anneberg (PSDB) e Gilberto Natalini (PV).

Dentre os presentes na Câmara Municipal estavam o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Mario Devienne Ferraz, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Paulo Dima de Bellis, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez (PSDB) e o chefe do Comando Militar do Sudeste, Ricardo Miranda Versa.

Doria é o primeiro prefeito de São Paulo eleito em primeiro turno desde 1992, quando as eleições passaram a ter dois turnos. Ele recebeu 3.085.187 votos, o que corresponde a 53,29% dos votos válidos.

Doria assume o cargo com a "herança" de cerca de R$ 2 bilhões em caixa, deixados por Haddad. A quantia representa o saldo líquido que estará nas contas da Prefeitura, sem contar a verba já empenhada com restos a pagar, que fica em pouco mais de R$ 4 bilhões.

Apesar da crise econômica, os valores são semelhantes aos números deixados pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD). Em 2013, quando Haddad assumiu, o caixa herdado somava R$ 5,8 bilhões, em valores atualizados, dos quais R$ 2,5 bilhões não estavam comprometidos.

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