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Doria e Crivella fazem acordo para compra conjunta de remédios

Segundo os prefeitos, o consórcio para a compra coletiva de remédios vai gerar uma economia de 20%

Remédios: compras abastecerão as redes de saúde das duas cidades (Divulgação/Divulgação)

Remédios: compras abastecerão as redes de saúde das duas cidades (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 14h29.

Última atualização em 31 de outubro de 2017 às 14h31.

Rio de Janeiro - Os prefeitos João Doria (PSDB) e Marcelo Crivella (PRB) anunciaram nesta terça-feira, 31, no Rio, um acordo entre as prefeituras de São Paulo e do Rio que cria um consórcio para a compra coletiva de remédios para abastecer as redes de saúde das duas cidades. A economia será de 20%, segundo eles.

A primeira compra deve ser em dezembro. As regras de licitação das duas cidades serão observadas, disseram os prefeitos, assim como as necessidades dos estoques de cada uma.

"É política pública de qualidade. Vamos comprar mais por menos. É um princípio óbvio da gestão privada", afirmou Doria, que disse que sua aliança com Crivella, a quem chamou de "amigo de uma vida", "é do coração, e não pela eleição", ao ser questionado sobre o pleito presidencial de 2018.

"É um novo momento na política. Eu e Doria entendemos que desde que o mundo se organiza com o capitalismo a maneira de baixar preço é com a escala", declarou o prefeito do Rio.

Na cerimônia de assinatura, Crivella foi pressionado por funcionários de Organizações Sociais (OSs) presentes, que estão com salários atrasados há dois meses e sem perspectiva para o ano que vem. São cinco OSs na cidade, que gerem 227 clínicas da família. Segundo a Associação de Médicos de Família e Comunidades, 70% estão em greve há cinco dias.

Faltam medicamentos para os atendimentos, como anti-hipertensivos, remédios para diabetes e até Dipirona, além de pessoal. Crivella prometeu acelerar os pagamentos e culpou os gastos com a Olimpíada de 2016 pela falta de recursos em caixa.

"A situação é de muito incerteza. A gente não tem como acreditar em quem não cumpre com a palavra. No início do ano Crivella bloqueou R$ 540 milhões das OSs, e o dinheiro não foi reposto", criticou Moisés Nunes, presidente da associação.

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