Brasil

Doria diz que sua gestão não se pauta por objetivos políticos

O prefeito reafirmou seu discurso de que é um administrador, e disse que está fazendo no setor público aquilo que fez no setor privado durante 45 anos

João Doria: o tucano voltou a dizer que não se considera um político e exaltou suas qualidades como gestor (Rovena Rosa/Agência Brasil)

João Doria: o tucano voltou a dizer que não se considera um político e exaltou suas qualidades como gestor (Rovena Rosa/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de maio de 2017 às 16h05.

São Paulo - Embora pesquisas indiquem a viabilidade de seu nome à corrida pelo Palácio do Planalto, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta sexta-feira, 12, que sua gestão não se pauta por objetivos políticos.

O tucano voltou a dizer que não se considera um político e exaltou suas qualidades como gestor.

"Não que isso a política me dê ojeriza, mas eu sou um administrador, sou um gestor. Estou fazendo no setor público aquilo que fiz no setor privado durante 45 anos", afirmou o prefeito durante participação em seminário promovido pela Amcham na zona sul da capital paulista.

Segundo Doria, sua forma de gestão contagiou outras cidades, governos estaduais e, como consequência, levou a citação de seu nome em pesquisas para presidente.

"Volto a dizer que não faço gestão com objetivo político. Estou fazendo gestão para cumprir com a minha obrigação, que é ser um bom gestor. Fui eleito para isso."

Durante o evento, Doria reforçou sua posição contra a reeleição e citou a eficiência, a transparência e a inovação como as bases de sua gestão - em contraposição à gestão ideológica ou partidária.

Ele considerou que, à frente da prefeitura, mais acertou do que errou até o momento.

"Errar faz parte. Só não erra quem não faz. Mas a atitude covarde de não fazer não é uma atitude de líder", assinalou.

O prefeito também aproveitou o seminário para, ainda em seu discurso, defender as doações feitas por empresas ao município, alvo de questionamentos sobre quais são os interesses das companhias por trás da iniciativa.

Segundo Doria, as empresas aceitam fazer a doação porque é positivo para a imagem delas, sem contrapartidas, e os recursos concedidos pela iniciativa privada ajudam a reduzir custos de serviços da prefeitura, como a recuperação de parques.

Ele lembrou que recebeu na quinta-feira da Cisco a "maior doação da história".

Serão R$ 300 milhões em equipamentos de informática usados que vão para as escolas municipais.

Entre os exemplos sobre o tema, o tucano citou que a doação de R$ 126 milhões em remédios feita por laboratórios ajudou a resolver a situação dos estoques de medicamentos em postos municipais.

De acordo com Doria, eles estavam zerados quando assumiu a prefeitura.

O governador Geraldo Alckmin, chamado pelo prefeito de "ponta firmíssima", garantiu a isenção de impostos estaduais nos remédios doados.

"Havia filas enormes de gente esperando medicamento", afirmou Doria.

Após dizer que o Corujão da Saúde, programa que permite atendimento gratuito em hospitais privados na madrugada, já eliminou as filas de 486 mil pessoas por exames, Doria adiantou que até o fim do ano a prefeitura vai zerar as filas por cirurgia.

Acompanhe tudo sobre:João Doria JúniorPolítica no BrasilPrefeiturassao-paulo

Mais de Brasil

Tentativa de golpe: Defesa de Bolsonaro pede acesso a relatório após retirada de sigilo por Moraes

Quanto custa uma multa por não usar cinto de segurança?

Como obter o Auxílio-Doença pelo INSS?

Decisão de Moraes cita seis núcleos e os participantes de tentativa de golpe de Estado