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Doria critica protestos contra isolamento social em São Paulo

Neste sábado, manifestações contra o governador de São Paulo chegaram a promover um buzinaço na frente do Hospital das Clínicas

João Doria, governador de São Paulo: número de mortos chegou a 991 neste sábado (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

João Doria, governador de São Paulo: número de mortos chegou a 991 neste sábado (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

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Natália Flach

Publicado em 18 de abril de 2020 às 18h06.

Última atualização em 19 de abril de 2020 às 10h52.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), usou o Twitter para criticar protestos contra o isolamento social em São Paulo. "Neste sábado, São Paulo chegou a 991 mortos e a doença já atingiu 225 cidades do nosso Estado. No mesmo dia, algumas manifestações a favor do coronavírus surgiram como ato de sabotar o trabalho de profissionais de saúde, que continuam lutando para salvar vidas", escreveu.

O governador se refere a buzinaços que foram ouvidos em algumas partes da cidade de São Paulo. A carreata passou pelo bairro Jardins, e pelas avenidas Paulista e Rebouças, incluindo um "buzinaço" na região do Hospital das Clínicas.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, os manifestantes vestidos de verde e amarelo gritavam "Fora, Doria". Ainda segundo o jornal, a carreata foi organizada pelo Movimento Conservador e Avança Brasil. Está prevista nova manifestação no domingo, dessa vez promovida pelo movimento Nas Ruas que vai pedir a saída de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.

Maia sempre foi fortemente criticado por grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro e tem defendido, assim como a maior parte de outros líderes nacionais e internacionais, a necessidade de isolamento social recomendada pelas autoridades médicas e atacada pelo presidente Jair Bolsonaro.

O estado de São Paulo registra quase mil mortos pelo novo coronavírus e 13.894 casos confirmados da doença, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Com isso, a letalidade do estado é de 7,1%. No Brasil, a média é de 6,4%. O país registra 2.352 mortes e há 36.599 pessoas infectadas.

Na sexta-feira, o governador anunciou ampliação da quarentena até 10 de maio. De acordo com o secretário de Saúde, José Henrique Germann, há ao menos 1.500 profissionais da saúde afastados por conta da doença.

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