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Doria atribui queda em pesquisa a herança petista

"Nós estamos com nove meses de gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, sem recursos", disse o prefeito da cidade

São Paulo - O prefeito eleito, João Doria recebe o cargo do ex prefeito, Fernando Haddad, durante cerimônia no Teatro Municipal (Rovena Rosa/Agência Brasil)

São Paulo - O prefeito eleito, João Doria recebe o cargo do ex prefeito, Fernando Haddad, durante cerimônia no Teatro Municipal (Rovena Rosa/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de outubro de 2017 às 17h06.

Última atualização em 8 de outubro de 2017 às 17h09.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria, minimizou neste domingo, 8, a pesquisa Datafolha, que mostrou que sua aprovação caiu nove pontos e que a maioria da população rejeita uma eventual candidatura dele à Presidência da República.

Doria atribuiu a queda à falta de dinheiro e à herança do PT, que governou a cidade antes dele. "Nós estamos com nove meses de gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, sem recursos. Temos R$ 7,5 bilhões de déficit no orçamento, que foi herança do PT, e nós estamos fazendo uma política responsável de controle de despesas", afirmou.

"É duro você fazer gestão pública sem recursos, dependendo de apoio do setor privado, dependendo da cooperação e da solidariedade de muitas pessoas", acrescentou, no lançamento do seu programa Calçada Nova.

Perguntado sobre a preferência dos paulistanos, de que ele permaneça na prefeitura em vez de disputar a Presidência da República, ele disse não se apresentar como candidato. "Quem induz e apresenta o meu nome são as pesquisas", afirmou. "Eu não me apresento como tal (como candidato), o dia de amanhã cabe ao amanhã."

O prefeito também negou que esteja fazendo campanha. Apesar de a pesquisa ter detectado que 49% da população de São Paulo vê as viagens do prefeito como sendo mais prejudiciais que benéficas à cidade, Doria disse que a viagem à Itália está mantida. "Não muda nada em relação às viagens, nem nacionais nem internacionais.

Ele disse ainda que muitas dessas viagens estão totalmente focadas na busca de investimentos e que as viagens nacionais são para firmar acordos de cooperação. Seus opositores políticos, no entanto, veem as viagens como uma caravana de campanha eleitoral.

Perguntado da necessidade de ir pessoalmente para fechar acordos e pedir investimento, Doria respondeu que isso é "sempre feito de prefeito com prefeito". "Por isso que existem prefeitos. Se não, não existiriam prefeitos", afirmou.

Sobre as críticas do ex-governador tucano, Alberto Goldman, que acusou o prefeito de descuidar de São Paulo em função da pretensão de disputar a Presidência, Doria respondeu: "O Goldman já é fato passado, ele é inexpressivo".

O prefeito estava acompanhado de seu vice, Bruno Covas, dos secretários Júlio Semeghini e André Sturm, e do subprefeito Paulo Mathias, entre outros membros da administração municipal.

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