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Doria anuncia "Corujão da Educação" para frear evasão do ensino médio

Objetivo é criar parcerias com universidades para promover atividades complementares no contra turno das aulas dos estudantes

Ensino médio: Alunos entre 14 e 17 anos podem ter atividades complementares à escola (PhotoAlto/Frederic Cirou/Getty Images)

Ensino médio: Alunos entre 14 e 17 anos podem ter atividades complementares à escola (PhotoAlto/Frederic Cirou/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 18h24.

São Paulo — O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (22) o lançamento de uma consulta pública para universidades públicas e privadas visando criar programas de atendimento a alunos do ensino médio das escolas estaduais do Estado, no contra turno escolar, para desenvolvimento de atividades complementares.

O objetivo do governo com a iniciativa é melhorar a aprendizagem e reduzir a evasão escolar. A ideia é que um projeto-piloto seja desenvolvido ainda a partir do primeiro semestre, com até 30 mil alunos da rede do ensino médio, mas que evolua para atendimento de número maior de jovens nos próximos anos, para até um total de 300 mil.

"O nosso programa começa no mês de maio nas universidades de São Paulo. De certa forma, é um 'Corujão da Educação', porque ele vai ocupar os horários disponíveis nas salas de aula de universidades, garantindo com isso melhor qualidade de ensino e principalmente uma motivação adicional para os alunos da rede do ensino médio", disse o governador de São Paulo, João Doria.

O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, lembrou que dados recentes apontam um crescente abandono da escola pelos estudantes no Estado e a iniciativa visa reverter a situação, além de colaborar para dar uma perspectiva de futuro aos jovens.

"25% dos jovens não estão o ensino médio, isso se refere à atratividade, e dos que vão até o ensino superior, muitos não sabem nem como escolher os cursos do seu itinerário, o seu projeto de vida", disse.

Segundo ele, as universidades públicas e privadas do Estado teriam capacidade de atendimento de até 600 mil estudantes sem reforço de infraestrutura, e o projeto já teria despertado interesse das universidades, tendo em vista a possibilidade de se aproximar do seu público-alvo e ocupar espaços ociosos.

Na consulta pública, as universidades apresentarão seus projetos pedagógicos, com base na estrutura já disponível. As atividades propostas passarão pelo crivo da Secretaria Estadual da Educação.

Os cursos terão duração de 200 horas e estarão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O custo, para o Estado, será de cerca de R$ 500 por aluno por ano.

A adesão dos alunos ao programa será voluntária e o período de inscrição está programado para ocorrer a partir do final de abril.

O certificado estará atrelado à conclusão do ensino médio e a carga horária do curso não vai substituir as aulas regulares, que continuarão obrigatórias.

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