Local onde caiu o avião que levava o candidato à presidência Eduardo Campos (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2014 às 21h19.
Santos, SP - Uma família que teve sua casa atingida pelo avião que caiu há um mês no bairro do Boqueirão, em Santos, provocando a morte do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB) e de mais seis pessoas, estão próximas de entrar em acordo com os donos do jato PR-AFA Cessna, modelo 560 XL, para receber indenização de reparação patrimonial.
Os valores não foram revelados, mas de acordo com o advogado Marcelo Marsaioli, pode-se dizer que ele estaria 90% acertado entre as partes.
Segundo Marsaioli, o laudo de vistoria feito nos imóveis apresenta todos os valores e será utilizado como base do acordo que será assinado nos próximos dias.
Ele explicou que a partir da assinatura dos documentos os proprietários vão se livrar do processo judicial da seguradora com os donos do avião.
As vítimas foram procuradas recentemente pelos advogados dos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Viana, que teriam comprado o jato da AF Empreendimentos.
Filha da idosa proprietária da casa 111 da Rua Alexandre Herculano, Claudete Fuji, disse que, no momento, o mais importante é recuperar a estrutura do imóvel, que foi bastante atingido.
Ela disse que só no telhado foram gastos mais de R$ 20 mil e a preocupação agora é de que a casa venha a ser invadida. "Queremos, o quanto antes, que a nossa vida volte à rotina", afirmou.
A tragédia que matou sete pessoas, entre elas o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), quatro assessores e os dois pilotos, completa um mês neste sábado, 13.
Na ocasião, o ex-presidenciável havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Guarujá. Como o tempo estava muito ruim, a aeronave não conseguiu aterrissar. Foi então que o piloto arremeteu, mas dois minutos depois o jato caiu no bairro do Boqueirão, em Santos.
Treze imóveis foram atingidos. Desses, dez permaneceram interditados por alguns dias e dois permanecem fechados por não apresentarem condições de serem ocupados.