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Dono da Ultrafarma e diretor da Fast Shop são presos em operação que apura propina bilionária

Operação do GEDEC desmantela suposto esquema de corrupção envolvendo fiscais e empresários do varejo

Sidney Oliveira: dono da Ultrafarma foi preso nesta terça-feira, 12

Sidney Oliveira: dono da Ultrafarma foi preso nesta terça-feira, 12

Publicado em 12 de agosto de 2025 às 09h19.

Última atualização em 12 de agosto de 2025 às 11h47.

O dono da rede de farmácias Ultrafarma, Sidney Oliveira, foi preso nesta terça-feira, 12, em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que investiga um suposto esquema de R$ 1 bilhão em propina. Outro preso na operação foi o diretor estatutário do grupo Fast Shop Mario Otávio Gomes.

A operação batizada de Ícaro faz parte de uma investigação do MP que mira suspeita de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda.

Ao todo, foram expedidos três mandados de prisão temporária: um contra um fiscal estadual de tributos, identificado como o principal articulador do esquema, e dois contra empresários sócios de empresas favorecidas pela fraude.

O MP também cumpriu diversos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos alvos e nas sedes das empresas investigadas.

Em nota, a Secretaria de Estado da Fazenda afirmou que instaurou um processo administrativo para apurar a conduta do servidor envolvido e solicitou ao MP o compartilhamento das informações da investigação.

Por que o dono da Ultrafarma foi preso? 

Segundo a investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), a organização criminosa oferecia vantagens a empresas do setor de varejo em troca de pagamentos ilícitos.

Os investigadores afirmam que o fiscal estadual manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. Em contrapartida, recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe.

Segundo o órgão, a operação é fruto de meses de trabalho investigativo, com análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações autorizadas pela Justiça.

A Operação Ícaro conta com o apoio da Polícia Militar de São Paulo e os suspeitos podem responder por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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