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Donato diz que sabia de reunião de Rodrigues e Alckmin

O auditor Ronilson Rodrigues é acusado de chefiar a quadrilha que desfalcou a Prefeitura de São Paulo em R$ 500 milhões


	Geraldo Alckmin: o governo de São Paulo afirmou que o auditor não está entre os colaboradores da campanha eleitoral de Alckmin à Prefeitura em 2008
 (Mauricio Rummens/Governo de São Paulo)

Geraldo Alckmin: o governo de São Paulo afirmou que o auditor não está entre os colaboradores da campanha eleitoral de Alckmin à Prefeitura em 2008 (Mauricio Rummens/Governo de São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 09h32.

São Paulo - Na volta nesta terça-feira, 26, à Câmara Municipal de São Paulo, o ex-secretário de Governo da gestão Fernando Haddad e vereador Antônio Donato (PT) disse que soube que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se reuniu com o auditor Ronilson Bezerra Rodrigues em 2008.

Rodrigues é acusado de chefiar a quadrilha que desfalcou a Prefeitura de São Paulo em R$ 500 milhões com fraudes no Imposto Sobre Serviços (ISS) e Donato é investigado sob suspeita de ter recebido mesada de R$ 20 mil do bando.

Na tribuna, ele disse que o encontro teria acontecido quando Alckmin disputou a Prefeitura da capital paulista. Em nota, o governo de São Paulo afirmou que Rodrigues não está entre os colaboradores da campanha daquele ano. Para um plenário com 300 petistas, Donato admitiu ter conhecido Rodrigues em 2007 em audiências Casa.

"Em 2008, no período de pré-campanha, fui contatado por ele (Rodrigues) e pelo Arnaldo (Augusto Pereira, subsecretário da Receita antes de Rodrigues). Se colocaram como técnicos de carreira, prontos a colaborar com informações para a campanha da prefeita Marta Suplicy (PT, atual ministra da Cultura)", disse.

"Mais tarde, fiquei sabendo que o mesmo Ronilson chegou a se reunir, naquela mesma eleição, com o então candidato a prefeito do PSDB, Geraldo Alckmin, para prestar informações semelhantes", afirmou Donato. O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) defendeu Alckmin. "Ele achar que o governador se reuniu com alguém é uma coisa, acontecer é outra", disse.

A assessoria do governador afirmou, por meio de nota, que "a pessoa a que se refere a reportagem não participou nem prestou qualquer contribuição ou ajuda à campanha". "O nome mencionado também não compõe a lista dos 451 participantes das discussões do programa de governo nem consta dos registros das pessoas recebidas pelo então candidato."

Donato chamou de calúnias as acusações contra ele, feitas em dois depoimentos ao Ministério Público Estadual (MPE), e afirmou que "os tubarões do mercado imobiliário estão saindo de fininho". "Onde é que estão os corruptores? A lista de 60 empresas que está na Controladoria? Essas empresas são sócias majoritárias do esquema criminoso." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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