Raquel Dodge: pela primeira vez a procuradora-geral da República manifestou apoio à Lava Jato desde os vazamentos de conversas dos integrantes da força tarefa e Sergio Moro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de julho de 2019 às 20h47.
Última atualização em 3 de setembro de 2019 às 19h19.
Em meio a divulgação de supostas mensagens de membros da Lava Jato, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse em reunião com oito procuradores da força tarefa de Curitiba que a operação tem apoio "institucional e administrativo" da Procuradoria Geral da República (PGR).
A conversa durou cerca de três horas e ocorreu a portas fechadas. Dodge se reuniu com o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e outros sete investigadores da operação na sede da PGR em Brasília. É o primeiro gesto de Dodge em defesa da operação desde o início das divulgações das reportagens do site Intercept.
Apesar do afago institucional, que será feito em nota oficial da PGR, Dodge não fez declarações públicas sobre o caso. Tanto a procuradora-geral quanto os membros da Lava Jato não falaram com a imprensa.
A sinalização de Dodge aos investigadores ocorre num momento em que ela tenta ser reconduzida ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro apesar de não estar na lista tríplice do cargo.
O site The Intercept Brasil divulgou supostos diálogos que mostram que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e Deltan Dallagnol discutiam processos em andamento e comentavam pedidos feitos à Justiça pelo Ministério Público Federal enquanto integravam a força-tarefa da Lava Jato.