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Documentos revelam que governo financiou regime de Pinochet

Um relatório, classificado como "secreto" e "urgente", datado de 26 de outubro de 1976, afirma que o Brasil fornecia "importante ajuda" ao regime de Pinochet


	Augusto Pinochet: documentos revelam que o Brasil vendeu para o Chile 910 equipamentos de rádio no valor de US$ 3,3 milhões.
 (David Lillo/AFP)

Augusto Pinochet: documentos revelam que o Brasil vendeu para o Chile 910 equipamentos de rádio no valor de US$ 3,3 milhões. (David Lillo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 15h54.

São Paulo - Documentos secretos da época da ditadura revelam que o regime militar concedeu empréstimos no valor de US$ 115 milhões para o governo do general Augusto Pinochet, segundo informou nesta terça-feira o jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, arquivos do gabinete dos ex-ministros das Relações Exteriores indicam que o valor foi concedido em termos "especialmente" favoráveis, divididos em três e destinado à aquisição de equipamentos militares.

Um relatório, classificado como "secreto" e "urgente", datado de 26 de outubro de 1976, afirma que o Brasil fornecia "importante ajuda" ao regime de Pinochet.

O então secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional, Gustavo Moraes Rego Reis, explicou em um documento de 9 de novembro de 1978 ao presidente Ernesto Geisel como o pagamento foi dividido.

Além disso, o secretário-geral afirmou que a autorização inicial da ajuda foi dada em novembro de 1974, um ano depois do golpe militar de Pinochet.

Nesta data, o governo brasileiro forneceu US$ 40 milhões "em condições excepcionais para os padrões brasileiros de financiamento oficial".

Posteriormente, o valor da ajuda foi ampliada. Segundo os documentos, o dinheiro tinha por objetivo garantir a "segurança interna" do Chile.

Além disso, os documentos revelam que o Brasil vendeu para o Chile 910 equipamentos de rádio no valor de US$ 3,3 milhões.

As informações foi obtidas de acordo com a Lei de Acesso à Informação, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 2011. EFE

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