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Distrito Federal quer ouvir crianças sobre educação

Crianças das escolas públicas do Distrito Federal poderão dizer o que querem aprender e sugerir atividades para serem desenvolvidas a partir do ano que vem.


	Projeto está na terceira edição e, pela 1° vez contará com a participação de todas as escolas que oferecem educação infantil na rede, seja pública ou conveniada.
 (Germano Luders/Exame)

Projeto está na terceira edição e, pela 1° vez contará com a participação de todas as escolas que oferecem educação infantil na rede, seja pública ou conveniada. (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2015 às 16h53.

Crianças das escolas públicas do Distrito Federal poderão dizer o que querem aprender e sugerir atividades para serem desenvolvidas a partir do ano que vem. Por meio do Projeto Plenarinha, os professores vão coletar e sistematizar sugestões e opiniões dos alunos de até 5 anos de idade, para que sirvam de subsídio para a elaboração dos projetos político-pedagógicos (PPP).

O projeto, cujo nome é inspirado nos plenários do Congresso Nacional, está na terceira edição e, pela primeira vez contará com a participação de todas as escolas que oferecem educação infantil na rede, seja pública ou conveniada – instituições sem fins lucrativos. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, o Plenarinho contará também com a participação de todas as crianças, desde os 4 meses de idade.

"A criança do berçário, ainda que não tenha a linguagem oral, ela se comunica, seja por choro,  seja por movimento. Temos buscado que nossos professores tenham esse olhar para o berçário. A aproximação com as famílias também é essencial", diz a coordenadora de Educação Infantil da secretaria, Michelle Abreu Furtado.

Segundo Michelle, o projeto político-pedagógico geralmente é elaborado apenas pelos adultos, principalmente os gestores. Muitas vezes, sequer os pais ou responsáveis pelas crianças são ouvidos. Cada escola define um PPP, que orienta as açõe educativas naquela unidade.

"Com a educação integral, muitas crianças passam 10h na escola, às vezes, mais tempo do que passam com a família. Precisamos conhecer essa criança. Tem aquelas que gostam de tinta, de certos materiais e outras, não. E isso tem que ser levado em consideração no PPP. Estamos pedindo que as escolas pensem na particularidade de cada criança, e não em um grupo homogêneo", destaca Michelle.

O projeto começou em maio e deverá seguir até o dia 25 de novembro, quando, em reunião, as escolas apresentarão a sistematização da Plenarinha. As opiniões das crianças são coletadas de diversas formas. Além de perguntas feitas diretamente pelos professores, a proposta prevê que as crianças usem máquinas fotográficas para registrar o que gostam e o que não gostam, entrevistem umas às outras, gravem áudios, desenhem e pintem a percepção que têm da escola e do ensino.  Aos professores cabe a observação, a escuta e o registro dos trabalhos.

Crianças  usam máquinas  fotográficas para registrar  o que  gostam e o que  não gostam,  entrevistam  umas  às outras, gravam áudios, desenham e pintam a percepção que têm da escola e do ensinoElza Fiúza/Agência Brasil

A primeira edição da Plenarinha contou com a participação de uma amostra de 400 crianças e 50 profissionais de algumas escolas. O tema era Currículo em Movimento da Educação Básica - Educação Infantil. A segunda teve como tema o Plano Distrital pela Primeira Infância. As crianças puderam também dar sua contribuição em outras áreas, como saúde. assistência social e meio ambiente. Neste ano, o tema é "Escuta sensível às crianças: Uma possibilidade para a (re)construção do projeto político-pedagógico.

Editor Nádia Franco

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