Ocupação de leitos de enfermaria chega a 85% em Brasília e UTIs operam no limite máximo (Andressa Anholete/Bloomberg/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 11 de março de 2021 às 14h14.
Última atualização em 11 de março de 2021 às 16h04.
As enfermarias dos hospitais do Distrito Federal (DF) atingiram mais de 85% de lotação nesta quinta-feira, dia 11, o que, em conjunto com a lotação máxima das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), coloca a capital do país em uma situação de colapso na saúde. As UTIs amanheceram nesta quinta com mais de 95% de lotação — em muitos hospitais públicos e privados, já não há mais vagas.
Cerca de 150 pacientes já aguardam por atendimento médico de urgência nos hospitais públicos. Segundo o governo do DF, boa parte dessas pessoas apresenta sintomas de síndrome respiratória aguda e muitos já tiveram o diagnóstico de covid confirmado. Na rede privada, o quadro também é de colapso, com a taxa de ocupação de leitos de UTI ao redor de 95%.
Em alguns hospitais começam a faltar insumos básicos. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), considerado um centro de referência, fucionários relatam que precisam revesar o uso de tubos de oxigênio móveis, usados pelos pacientes quando precisam se levantar do leito, para ir ao banheiro ou tomar banho. Com a capacidade de atendimento na UTI esgotada, novos pacientes estão sendo atendidos na entrada do pronto-socorro, dizem os profissionais de saúde.
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), preferiu, até o momento, não decretar medidas mais restritivas da quarentena. Por enquanto, os moradores não podem apenas circular entre 22h e 5h. Ibaneis disse que estuda um lockdown.