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Distritão é transição para sistema distrital misto, diz Eunício

Modelo eleitoral conhecido como "distritão" é um sistema majoritário em que são eleitos os deputados mais votados em cada Estado

Eunício Oliveira: "ficou acertado que há necessidade de se fazer uma mudança no sistema eleitoral" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Eunício Oliveira: "ficou acertado que há necessidade de se fazer uma mudança no sistema eleitoral" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 09h25.

O presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou na noite de terça-feira que ficou acertado entre os parlamentares nas discussões sobre a reforma política a adoção do modelo eleitoral conhecido como "distritão" como transição para que se chegue no futuro ao voto distrital misto.

"É difícil ter um consenso na questão da reforma política, mas basicamente ficou acertado que há necessidade de se fazer uma mudança no sistema eleitoral, e a mudança no sistema eleitoral é uma transição com o distritão", disse Eunício após jantar organizado por ele com parlamentares da base aliada e da oposição para discutir a reforma político.

"Quase todos, eu inclusive, defendemos aqui o voto distrital misto, que é um sistema que tem o apoio muito maior da sociedade até do que dos próprios políticos. Como há dificuldade na questão de o TSE criar os distritos já para 2018, então, deve ser votado o distritão em 2018, mas, na mesma cláusula do distritão, já tem a definição de que a próxima eleição se dará com o voto distrital misto", acrescentou o senador a jornalistas.

O "distritão" é um sistema majoritário em que são eleitos os deputados mais votados em cada Estado, enquanto no sistema distrital misto metade dos cargos seria preenchida a partir de uma lista fechada enquanto a outra metade seria definida pelo sistema de votação majoritária em distritos.

Atualmente os parlamentares são eleitos no modelo de voto proporcional.

A reforma política está no centro das atenções diante da necessidade de o Congresso aprová-la até um ano antes das próximas eleições. Os parlamentares devem discutir ainda uma forma de financiamento das campanhas -- texto em análise na Câmara prevê um fundo abastecido com recursos públicos.

Mais cedo na terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que reforma política é fundamental e será aprovada pela Casa ainda no mês de agosto.

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