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Distribuidoras dizem que abastecimento deve chegar a 100% amanhã

Até ontem (29), principais distribuidoras trabalhavam com prazo de uma semana para que os carregamentos de combustíveis até os postos fossem regularizados

Postos de gasolina: (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Postos de gasolina: (Fernando Frazão/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de maio de 2018 às 19h43.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Leonardo Gadotti Filho, disse nesta quarta-feira (30) que a normalização do abastecimento de combustíveis nos postos deve ocorrer até amanha (31).

"A gente está agora com um volume próximo de 75% de um dia normal, praticamente amanhã acho que a gente chega a 100%", disse Gadotti Filho no final da tarde de hoje, após reunião com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para tratar da normalização do abastecimento.

Segundo Gadotti Filho, ainda vai demorar um pouco para que as filas nos postos terminem. Nesta quarta-feira, depois de vários dias sem combustível nos postos de gasolina, várias cidades do país ainda registram filas abastecer carros e motos.

Até ontem (29), as principais distribuidoras do país trabalhavam com prazo de uma semana para que os carregamentos de combustíveis até os postos fossem regularizados. O representante das distribuidoras argumentou que o motivo para o prazo é o tempo para levar o combustível aos cerca de 42 mil postos de todo o país.

"Os serviços essenciais todos já foram atendidos, a gente segue uma ordem de prioridade: serviços essenciais, aeroportos, empresas de ônibus, etc", disse. "Estamos trabalhando a 100%; logicamente que a gente precisa trabalhar a 120%, 130% para poder repor estoques, mas amanhã a gente já chega a 100% nos postos", afirmou.

Redução no preço do diesel

Questionado a respeito de quando a redução de R$ 0,46 no preço do óleo diesel chegaria às bombas dos posto, Gadotti Filho disse que as distribuidoras estão aguardando as ações do governo nesse sentido e que não há uma estimativa de prazo.

A redução do preço do diesel pelo prazo de 60 dias foi acordada pelo governo com os caminhoneiros, como uma das medidas para a suspensão da greve. O governo editou duas medidas provisórias para concretizar a redução.

Os tributos federais incidentes no diesel são a Cide (R$ 0,05 por litro) e o PIS/Cofins (R$ 0,41 por litro). A Cide será zerada e haverá redução de R$ 0,11 no PIS/Cofins (mantendo-se R$ 0,30 por litro), ou seja, a redução pela desoneração será de R$ 0,16.

Já a redução de R$ 0,30 por litro de diesel será viabilizada por meio de uma subvenção econômica, paga pelo governo às refinarias, que atinge a Petrobras, demais refinarias nacionais e os importadores - responsáveis por 25% do consumo interno.

"Na medida em que o produto chega com um preço novo, com a redução, isso é repassado para a ponta. O mercado cuida de fazer essa redução no preço de bomba. Quem cuida da redução do preço na bomba é a competição de mercado", disse.

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