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Dirigente da OAB critica Moro e fala em ditadura de togados

Presidente da OAB-RJ acusou Moro de violar a Constituição na condução das investigações da Operação Lava Jato na primeira instância


	Sérgio Moro: "Não quero a ditadura dos homens togados, porque tenho medo delas também", disse o magistrado da OAB sobre o juiz
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

Sérgio Moro: "Não quero a ditadura dos homens togados, porque tenho medo delas também", disse o magistrado da OAB sobre o juiz (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 18h31.

Brasília - O presidente da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, fez duras críticas ao juiz Sérgio Moro, de Curitiba, na tarde desta sexta-feira, 18, na sessão em que o conselho federal da entidade definirá se apoia o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Não quero a ditadura dos homens togados, porque tenho medo delas também", afirmou.

O magistrado acusou Moro de violar a Constituição na condução das investigações da Operação Lava Jato na primeira instância.

O magistrado se referiu com preocupação às manifestações dessa quinta, 17, a favor da postura do juiz federal de Curitiba que quebrou, nesta semana, o sigilo de escutas telefônicas de conversas de Dilma com o presidente Lula.

"O juiz Sérgio Moro abandonou os meios devidos e violou a privacidade de pessoas. O que se viu no Paraná ontem, com pessoas cantando o hino nacional e aplaudindo o Ministério Público, me causa grande preocupação", disse Santa Cruz.

"Podemos estar dando de comer ao monstro que pode engolir a cidadania", afirmou.

O discurso foi aplaudido por alguns dos magistrados presentes, mas a maioria não esboçou reação. Apesar do tom crítico a Moro, a tendência é que a seccional fluminense vote pelo apoio ao pedido de impeachment da presidente.

A sessão extraordinária da OAB reúne, desde a manhã desta sexta, membros do colégio de presidentes estaduais e 81 conselheiros de todas as seccionais do país, representando os 26 estados e o Distrito Federal.

Os associados deverão votar se concordam com o relatório do conselheiro Érick Venâncio, do Acre, que defendeu o apoio do impeachment pela entidade.

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