Diretor-geral da ANTT, Mário Rodrigues Júnior, é alvo de busca e apreensão da PF (Vagner Rosário/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de abril de 2019 às 11h46.
Brasília e São Paulo — O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mário Rodrigues Júnior, é alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 11. Os policiais cumprem o mandado expedido pela Justiça Federal e vasculham o gabinete do diretor na sede da agência em Brasília.
Ligado ao ex-deputado Valdemar da Costa Neto (PR), Mário Rodrigues foi nomeado pelo ex-presidente Michel Temer e tem mandato até 2020. Quando foi nomeado, ele já era investigado por desvios no Rodoanel em São Paulo e foi citado na delação de executivos da Odebrecht, OAS e da Andrade Gutierrez.
Na operação de hoje, batizada de Infinita Highway, o diretor é investigado por suspeita de participar de um esquema superfaturamento das tarifas de pedágio em rodovias federais nos Estados de Goiás, da Bahia e do Espírito Santo.
Em nota, a PF informou que, durante as investigações, empresas concessionárias contratavam a emissão de laudos fraudulentos que atestavam a qualidade das rodovias, evitando assim a aplicação de multas e outras penalidades pela Agência Nacional de Transporte Terrestre - ANTT, responsável pela fiscalização da prestação do serviço.
Também se identificou, diz a PF, que, com a anuência da ANTT, uma das concessionárias envolvidas aumentou indevidamente o valor cobrado a título de pedágio, sob a falsa alegação de elevação dos custos de manutenção de rodovias, baseando-se, para isso, em orçamentos fictícios, emitidos por empresas que não existiam.