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Diretor da Polícia Civil do Rio diz que greve será pacífica

“Não vamos tolerar qualquer desvio legal" avisou Francisco Chao , diretor do sindicato da categoria

A greve no Rio envolve a Polícia Civil, Militar e os bombeiros (Marcello Casal Jr./ABr)

A greve no Rio envolve a Polícia Civil, Militar e os bombeiros (Marcello Casal Jr./ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 13h26.

Rio de Janeiro - Em entrevista coletiva na manhã de hoje,  o diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro Francisco Chao disse que o movimento grevista iniciado à 0h de hoje é “pacífico e ordeiro” e não serão permitidas ilegalidades. “Não vamos tolerar qualquer desvio legal. Se existir ordem de prisão legal, vamos nos apresentar”, completou Chao, em entrevista coletiva na manhã de hoje, com a participação de representantes das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros.

Na coletiva, eles reconhecerem o avanço da proposta do governo, que foi reformulada e aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, mas avaliaram que as conquistas não são suficientes. Os agentes de segurança pública disseram que querem discutir detalhes do projeto, entre eles os critérios para a continuidade do pagamento das gratificações, que foram mantidas só em caso de acidentes de trabalho.

Segundo o diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro, os profissionais não queriam o desgaste do movimento, mas as categorias chegaram ao limite.

O sargento do Corpo de Bombeiros Wallace Rodrigues destacou que a categoria quer o diálogo com o governo e que isso vem sendo pedido há um mês. Segundo ele, os profissionais não querem acabar com o carnaval do Rio de Janeiro e nos oito dias que faltam para a festa popular o governo pode abrir esse diálogo.

“De forma alguma desejamos acabar com o carnaval do Rio de Janeiro. Estamos abertos ao diálogo”, disse o militar, acrescentando que o primeiro item da pauta é a libertação do cabo Benevenuto Daciolo, que está preso no Presídio Bangu 1, no sistema carcerário de Gericinó, na zona oeste da cidade, desde a última quarta-feira (8).

Até agora, pelo menos, 11 mandados de prisão foram expedidos contra os líderes do movimento. A família do cabo da Polícia Militar João Carlos Gurgel recebeu a visita de um oficial de Justiça logo cedo, mas ele não estava em casa. Gurgel se entregou no quartel-central da corporação logo após participar da entrevista coletiva. Ele disse que não vê crime para mandado de prisão. “Motim? Seria para tomar poder, e quem quer tomar poder aqui? Não acreditem no que dizem que somos vândalos. Só queremos salários e condições dignas de trabalho”, disse.

Outro militar que tinha mandado de prisão e também se apresentou no quartel da corporação é o major Hélio Oliveira, da reserva da PM.

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