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Dirceu diz que pena agrava 'infâmia' do julgamento

Dirceu lembrou ainda que o processo ainda não terminou e que tem direito a recorrer


	Para ele, o processo judicial aconteceu ''sob a pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus candidatos''
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Para ele, o processo judicial aconteceu ''sob a pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus candidatos'' (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 21h00.

São Paulo - O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que nesta segunda-feira foi condenado a dez anos e dez meses de prisão no julgamento do mensalão, disse que sua pena agrava a infâmia e a ignomínia do processo.

Em carta intitulada ''Injusta Sentença'', postada em seu blog, Dirceu defendeu sua inocência após conhecer a pena aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

''Nunca pratiquei nenhum ato ilícito ou ilegal como dirigente do PT, parlamentar ou ministro de Estado. Fui cassado pela Câmara dos Deputados e, agora, condenado pelo Supremo Tribunal Federal sem provas porque sou inocente'', escreveu.

O político criticou com dureza a decisão do STF, que ''recorreu a recursos jurídicos que violam abertamente nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito''.

Em sua opinião, o processo judicial aconteceu ''sob a pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus candidatos''.

Dirceu lembrou ainda que o processo ainda não terminou e que tem direito a recorrer.

''Não me calarei e não me conformo com a injusta sentença que me foi imposta. Vou lutar mesmo cumprindo pena'', garantiu o político, que na carta lembrou seu passado de defesa da democracia e de oposição à ditadura militar.

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