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Dirceu disse que Fux prometeu absolvê-lo do mensalão

Em dezembro do ano passado, Fux disse que, durante sua campanha para ser escolhido pelo então presidente Lula para o STF, procurou José Dirceu


	Na entrevista divulgada nesta quarta, no entanto, Dirceu contesta a versão do ministro e diz ter sido "assediado moralmente" por seis meses para recebê-lo
 (José Cruz/Agência Brasil)

Na entrevista divulgada nesta quarta, no entanto, Dirceu contesta a versão do ministro e diz ter sido "assediado moralmente" por seis meses para recebê-lo (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 17h25.

São Paulo - O ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu afirmou que o atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, prometeu absolvê-lo das acusações no processo do mensalão.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira, o petista relatou encontro ocorrido entre os dois antes de o ministro ser indicado para assumir uma vaga na Corte, em 2011.

Em dezembro do ano passado, Fux disse que, durante sua campanha para ser escolhido pelo então presidente Lula para o STF, procurou José Dirceu.

Na ocasião, afirmou não ter visto problemas em conversar com um dos réus do processo e negou que tenha prometido absolvição.

Na entrevista divulgada nesta quarta, no entanto, Dirceu contesta a versão do ministro e diz ter sido "assediado moralmente" por seis meses para recebê-lo. O assédio teria partido de advogados. "Eu não estou dizendo que ele mentiu. Eu estou dizendo que soa ridículo. É só isso que eu vou dizer. E ele tomou a iniciativa de dizer que ia me absolver", afirmou o petista.

À promessa, Dirceu teria respondido: "eu não quero que o sr. me absolva. Eu quero que o sr. vote nos autos, porque eu sou inocente." Também no ano passado, Fux chegou a afirmar que pensou não haver provas contra os acusados, mas mudou de opinião depois de ler o processo.

Durante a entrevista, Dirceu voltou a defender sua inocência e a afirmar não ter havido compra de apoio político. Disse ainda que o dinheiro movimentado não era público. O ex-ministro foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha e a pena foi calculada em 10 anos e 10 meses de reclusão. A defesa aguarda a publicação do acórdão do processo para apresentar recurso.

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