Brasil

Diplomata que ajudou fuga de senador agradece apoio

Eduardo Saboiae runiu-se com parlamentares para agradecer pelo apoio recebido após ajudar na fuga do senador Roger Pinto Molina da Bolívia

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 19h29.

Brasília - O diplomata Eduardo Saboia, responsável pela saída do senador Roger Pinto Molina da Bolívia, reuniu-se nesta terça-feira, 17, com parlamentares para agradecer pelo apoio recebido após a fuga rumo ao Brasil, realizada no dia 24 de agosto passado. A decisão de Saboia culminou na demissão do então ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, pela presidente Dilma Rousseff.

No fundo do plenário do Senado, o servidor do Itamaraty conversou durante cerca de cinco minutos com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG); o líder e o vice líder do PSDB no Senado, respectivamente Aloysio Nunes Ferreira (SP) e Alvaro Dias (PR); o presidente do Democratas, senador Agripino Maia (RN); e com o deputado federal Jutahy Junior (PSDB-BA). Ele foi convidado por Aécio Neves.

A conversa no plenário com os oposicionistas foi presenciada pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que abordou Saboia na saída do local. Nesse período, o diplomata não foi visto pela reportagem falando com senadores da base aliada.

Saboia disse ter ido ao Senado apenas "agradecer". "Sou servidor público e sirvo a governos eleitos democraticamente. Como diplomata, a minha função é colaborar. A função do Itamaraty é executar a política externa determinada pelo governo", afirmou. Ele disse ter vindo agradecer o gesto de parlamentares de vários partidos e também de pessoas "não parlamentares".

Questionado como está sua decisão no Itamaraty, o diplomata afirmou que há uma sindicância em curso, contra a qual está se preparando para respondê-la. Ele se disse "tranquilo". "Eu salvei uma vida e eu procurei defender a honra do meu País", disse, ao destacar que tinha "respaldo" na decisão que tomou de tirar o senador boliviano, abrigado na embaixada brasileira em La Paz. "Tenho respaldo e isso ficará claro na sindicância", completou.

Saboia disse que ainda não retornou ao trabalho, apesar de se dizer pronto para a jornada. "O contribuinte brasileiro está me pagando e eu estou pronto. Eu, chamado ao serviço, estou à disposição e tenho sido bem tratado pelo Itamaraty", destacou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaAntonio PatriotaBolíviaDiplomaciaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados