Brasil

Diplomata indicado para embaixada é aprovado

Diplomata Ruy Carlos Pereira, 59 anos, ocupará o cargo de embaixador do Brasil na Venezuela


	Bandeiras do Mercosul: adesão da Venezuela ao Mercosul foi promulgada em dezembro do ano passado
 (Norberto Duarte/AFP)

Bandeiras do Mercosul: adesão da Venezuela ao Mercosul foi promulgada em dezembro do ano passado (Norberto Duarte/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 14h36.

Brasília – Senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovaram hoje (17) o nome do diplomata Ruy Carlos Pereira, 59 anos, para ocupar o cargo de embaixador do Brasil na Venezuela.

Durante a sabatina, Ruy Carlos Pereira, que poderá assumir a representação brasileira em Caracas quando o plenário do Senado ratificar a indicação da comissão, defendeu a permanência da Venezuela no Mercosul.

“A Venezuela no Mercosul estende e estica o Mercosul até o Caribe e faz com que o bloco seja 80% do PIB [Produto Interno Bruto] da América do Sul, 72% do território, 70% da população, 58% do investimento estrangeiro direto, 65% do comércio exterior da região. O Mercosul passa a ter quase 20% das reservas legais provadas de petróleo, sem contar o nosso pré-sal”, destacou.

Com a economia venezuelana, o PIB do bloco passou a chegar a US$ 3,3 trilhões e a população, 270 milhões de pessoas. A adesão da Venezuela ao Mercosul foi promulgada em dezembro do ano passado.

Uma série de exigências foram negociadas para que o país, presidido atualmente por Nicolás Maduro, fosse integrado de forma plena ao bloco. O diplomata ainda lembrou que a integração plena da Venezuela vai representar oportunidades para as regiões mais carentes do Brasil.

“O Mercosul desloca para o Norte, com a entrada da Venezuela, o epicentro geográfico do Mercosul. Isso agrega interesses e possibilidade de negócios e oportunidades aos estados do Norte e Nordeste do Brasil”, completou.

Pereira citou diversas áreas em que Brasil e Venezuela mantêm relações e disse que os dois países têm a integração regional como mandato constitucional. “Está na nossa Constituição, e a política externa brasileira não pode deixar de brigar pela integração regional e está na Constituição venezuelana”, lembrou.

Para o diplomata, a intensificação das relações bilaterais reflete o fortalecimento da integração regional do bloco. Segundo ele, sua atuação na representação brasileira em Caracas será centrada em três pontos estratégicos, entre eles, o aspecto cultural.

“Temos uma tradição de longa data, que vamos superando pouco a pouco, de desconhecer nossos vizinhos, e eles a nós. Outro ponto é a admissão indígena no processo de integração”, disse, lembrando as origens da população de países como o Brasil, Paraguai, a Venezuela e a Bolívia.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaMercosulVenezuela

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar