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Diplomata diz que ajudou Roger Pinto por razões humanitárias

Eduardo Saboia, diplomata brasileiro que ajudou o senador boliviano Roger Pinto a viajar para o Brasil, diz que tomou decisão por razões humanitárias


	Presidente da Bolívia, Evo Morales: "escolhi proteger uma pessoa, um perseguido político", disse diplomata brasileiro
 (Getty Images)

Presidente da Bolívia, Evo Morales: "escolhi proteger uma pessoa, um perseguido político", disse diplomata brasileiro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 14h39.

Brasília - O diplomata Eduardo Saboia, que ajudou o senador boliviano Roger Pinto a viajar para o Brasil sem autorização do governo de La Paz, afirmou nesta segunda-feira que tomou esta decisão por razões humanitárias e para ajudar uma pessoa doente e perseguida política.

"Eu escolhi a vida. Eu escolhi proteger uma pessoa, um perseguido político, como a presidente Dilma foi perseguida", afirmou o encarregado de negócios do Brasil em La Paz para jornalistas ao desembarcar na madrugada de hoje em Brasília, para onde viajou após ser chamado para consultas.

Segundo Saboia, os problemas de saúde de Roger Pinto estavam se agravando após o senador passar 455 dias asilado na embaixada de Brasília em La Paz e não havia perspectivas de negociação para que o governo do presidente Evo Morales o deixasse sair da Bolívia.

O senador chegou ao Brasil no sábado após ter deixado a embaixada de La Paz em um carro diplomático escoltado por militares brasileiros, aparentemente por ordens de Saboia. Roger Pinto viajou até a fronteira e chegou em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, de onde seguiu por avião até Brasília.

Roger Pinto, condenado em seu país por corrupção, estava na embaixada brasileira há mais de um ano e tinha recebido asilo do Brasil após se declarar perseguido político, mas o governo boliviano se negava a conceder ao parlamentar um salvo-conduto para que ele pudesse sair da sede diplomática.

"Havia uma violação constante, crônica de direitos humanos, porque não havia perspectiva de saída, não havia negociação em curso e havia um problema de depressão que estava se agravando. Tivemos que chamar um médico e ele começou a falar de suicídio,", afirmou Saboia em entrevista para o programa "Fantástico" divulgada ontem.

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